Segundo o Instituto de Estatística francês (Insee), enquanto nos anos anteriores a mortalidade tinha uma tendência de baixa em março, depois dos episódios de gripe sazonal, acabou por subir este ano, para atingir um pico nos 22 países considerados na semana de 30 do mesmo mês.
França, Espanha, Bélgica e Itália foram os países mais afetados e aparecem referenciados isoladamente no estudo, enquanto os restantes 18 países, que não são identificados, foram contabilizados em bloco.
Entre 30 de março e 06 de abril, os 22 países registaram 50% dos óbitos a mais em relação à média observada entre 2016 e 2019 na mesma semana.
Esta proporção atingiu os 155% em Espanha, 91% na Bélgica (depois 107% na semana seguinte) e 67% em Itália (88% também nos sete dias seguintes - o pico foi atingido depois na semana a seguir), e os 60% em França.
O excesso de mortalidade começou, depois, a reduzir-se progressivamente até ser anulado no início de maio, indica-se no estudo.
Num período mais alargado, entre 01 de março e 26 de abril, o excesso de mortalidade observada nos 22 países analisados pelo Instituto de Estatísticas francês afetou sobretudo a Espanha (71%), Itália (49%), Bélgica (44%) e França (28%).
No sentido inverso, na Alemanha, o país europeu mais populoso, o excesso de mortalidade foi o menos forte (4%), tal como em vários países da Europa central e oriental.
Relativamente ao excesso de mortalidade na Europa, o aumento da mortalidade atingiu mais homens que mulheres e os maiores de 50 anos, com a faixa etária mais afetada a ser a dos com mais de 70 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.