"Claro que estas notícias são bem-vindas. A normalização [das relações] será benéfica para ambos os países e para a estabilidade regional", declarou hoje uma porta-voz da Comissão, quando questionada sobre o anúncio deste acordo entre Israel e EAU, que deverá ser formalizado nas próximas semanas.
A mesma porta-voz, Nabila Massrali, acrescentou que, "como é sabido, a União Europeia está comprometida com a solução de dois Estados" para resolver o conflito israelo-palestiniano e "pronta a trabalhar com vista a que sejam retomadas as negociações entre israelitas e palestinianos".
Os Emirados Árabes Unidos e Israel deverão assinar nas próximas três semanas, em Washington, um acordo para normalizar as suas relações, o que fará de Abu Dhabi a terceira capital árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel desde a criação do Estado hebreu, após o Egito (1979) e a Jordânia (1994).
Segundo os EAU, o acordo foi alcançado "para encerrar qualquer anexação adicional de territórios palestinianos", mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indicou que o acordo terá apenas o efeito de "adiar" os planos israelitas de anexar partes da Cisjordânia.
O projeto de normalização das relações entre Israel e as nações do Golfo, como o Bahrein, a Arábia Saudita e os Emirados, é um dos aspetos do plano da administração norte-americana de Donald Trump para o Médio Oriente saudado pelos israelitas, mas rejeitado pelos palestinianos.
O plano prevê também a anexação por Israel do vale do Jordão e de colonatos na Cisjordânia, considerados ilegais pela lei internacional.