As autoridades neozelandesas dão conta de um aumento drástico de chamadas para a linha de apoio contra envenenamentos, por causa de intoxicações com desinfetante de mãos à base de álcool.
Genevieve Adamo, uma especialista do Centro de Informações sobre Envenenamento (PIC, na sigla original) de Nova Gales do Sul, indica que foram recebidas mais de mil chamadas desde fevereiro até ao final de julho.
"Há casos, ocasionais, em que são crianças e ficaram muito doentes", indicou Adamo ao jornal Sydney Morning Herald, afirmando que a maioria dos casos é acidental.
Uma criança de seis anos de idade, por exemplo, precisou de tratamento na unidade de cuidados intensivos depois de ingerir desinfetante. Tinha no organismo uma quantidade de álcool quatro vezes superior ao limite legal para um adulto poder conduzir, de acordo com Karen Zwi, médica no hospital pediátrico de Randwick, em Sydney.
A criança começou a arrastar as palavras e a vomitar e teve que ser ventilada. "Foi uma sorte ter sobrevivido", disse a profissional de Saúde, apelando às pessoas para que mantenham as garrafas de desinfetante de mãos longe do alcance das crianças.
Recorde-se que nos Estados Unidos, há registo de, pelo menos, 15 casos de pessoas que adoeceram depois de ingerir gel desinfetante para as mãos, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC). O organismo indica, num relatório publicado este mês, que algumas pessoas sofreram danos na visão, outras tiveram convulsões e quatro pessoas morreram.