O controlo nas fronteiras vai ser reforçado aos viajantes que cheguem ou partam para a Dinamarca, Islândia e Noruega, países vizinhos da Finlândia, assim como a Alemanha, Grécia e Malta, que pertencem ao espaço europeu de livre circulação Schengen.
Além destes, os turistas de Chipre, Irlanda, San Marino e Japão vão também ser alvo de controlo reforçado nas fronteiras finlandesas e instruídos a respeitar uma quarentena de 14 dias.
A Finlândia tem uma das políticas mais restritivas de viagens devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, com apenas 16 países - oito na Europa e oito fora da Europa - aos quais não são aplicadas quaisquer restrições.
Essa "lista verde" é composta pela Estónia, Eslováquia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Liechtenstein e Vaticano, e, fora da Europa, China, Coreia do Sul, Geórgia, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
As autoridades finlandesas advertiram no entanto que a Eslováquia, Estónia, Itália e Lituânia podem ser retiradas em breve da "lista verde", uma vez que superaram ligeiramente os oito contágios por 100.000 habitantes nas últimas semanas.
"A linha da Finlândia relativamente ao tráfego transfronteiriço é atualmente a mais rigorosa da União Europeia (UE). Isso ocorre porque queremos manter a nossa boa situação epidemiológica, que exigiu grande esforço de todos os cidadãos", afirmou a ministra do Interior, Maria Ohisalo, em conferência de imprensa.
O país regista um dos índices de contágio mais baixos da Europa, com 5,3 infetados por 100.000 habitantes nas duas últimas semanas.
Até à data, a Finlândia registou 7.776 casos de infeção pelo novo coronavírus e 334 mortes associadas à covid-19, com uma taxa de 141 contágios e seis mortes por cada 100.000 habitantes.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.784 pessoas das 54.448 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.