Países Baixos e Bélgica confirmam casos de reinfeção por Covid-19

O primeiro caso confirmado foi anunciado esta segunda-feira (dia 24) em Hong Kong, mas há mais casos e na Europa.

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Notícias Ao Minuto com Lusa
25/08/2020 12:09 ‧ 25/08/2020 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo

Covid-19

Cientistas holandeses e belgas confirmaram, esta terça-feira, que também registaram um caso em cada um dos países de reinfeção por Covid-19.

O anuncio é feito um dia depois de ter sido anunciado aquele que seria o primeiro caso oficial de reinfeção e que se verificou num homem de 33 anos, natural de Hong Kong, que regressou à China após uma viagem a Espanha.

Nos Países Baixos, a virologista Marion Koopmans, assessora da Organização Mundial de Saúde (OMS), confirmou o caso de um paciente holandês, um idoso com um sistema imunitário "deteriorado", que também contraiu a doença pela segunda vez.

Neste caso, a especialista negou-se a explicar quais os sintomas apresentados pelo paciente, por considerar que é necessário que se registem mais casos para poder haver uma comparação.

"Todas as infeções por SARS-CoV-2 [o novo coronavírus responsável pela doença covid-19] têm uma impressão digital diferente, um código genético. As pessoas podem possuir vestígios do vírus durante muito tempo após o contágio e ocasionalmente expelir algum material genético [ácido ribonucleicoRNA -- Ribonucleic Acid, no nome inglês] do vírus", afirmou Marion Koopmans, em declarações à televisão holandesa NOS.

Marion Koopmans reconheceu, porém, que o surgimento de doentes reinfetados com o SARS-CoV-2 é uma situação que "está em linha com as expectativas científicas", apenas "não existiam provas disso".

"As infeções respiratórias podem ocorrer duas vezes ou até com mais frequência. Sabemos que uma pessoa não está protegida para toda a vida se tiver sido infetada uma vez e é isso que esperamos da covid-19", concluiu Koopmans.

Na Bélgica, o virologista e conselheiro sanitário do governo, Marc Van Ranst, confirmou que uma cidadã belga, que já tinha vencido o novo coronavírus, sofreu uma recaída três meses após a primeira infeção.  Depois de analisar as amostras do vírus, os investigadores concluíram que se trata de duas estirpes diferentes do vírus.

O estado de saúde da paciente belga tem evoluído de forma favorável nos últimos dias, apresentando apenas sintomas ligeiros, sem precisar de ser hospitalizada.

Para Van Ranst, a confirmação de casos de reinfecção "não é uma boa notícia", uma vez que a sua equipa de investigação, e com base na própria evolução do vírus, "estimava que o tempo entre (potenciais) novas infeções fosse mais amplo".

Recorde-se que no caso do homem de Hong Kong, inicialmente, foi equacionado que este homem poderia ser um "portador persistente" do SARS-CoV-2, e que mantinha o agente infeccioso no seu organismo desde a altura em que foi infetado. No entanto, os investigadores da Universidade de Hong Kong afirmam agora que as sequências genéticas das estirpes do vírus contraídas pelo homem em abril e em agosto são "claramente diferentes".

Esta descoberta poderá representar um revés para quem defende uma estratégia contra a atual pandemia sustentada na aquisição de uma presumível imunidade após a doença ser superada.

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