ExxonMobil dá 42 mil euros para assistência a deslocados de Cabo Delgado

A petrolífera norte-americana ExxonMobil vai disponibilizar 50 mil dólares (42 mil euros) para apoiar uma campanha de assistência às famílias deslocadas em Cabo Delgado devido à violência armada naquela província do norte de Moçambique.

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Lusa
26/08/2020 11:39 ‧ 26/08/2020 por Lusa

Mundo

Moçambique

A campanha, denominada 'Coração Solidário-Cabo Delgado', é promovida pela plataforma Makobo e visa aumentar a sensibilização sobre os desafios enfrentados pelos deslocados, além de coordenar os esforços da sociedade civil em resposta a preocupações humanitárias resultantes dos ataques armados naquela província, refere uma nota distribuída à comunicação social.

"Temos o prazer de trabalhar com a Makobo e as autoridades locais para ajudar a população diretamente afetada pelo conflito", disse Jos Evens, diretor geral da ExxonMobil Moçambique, citado na nota.

O apoio da ExxonMobil vai centrar-se na instalação de duas "cozinhas satélites" capazes de distribuir até 20.000 refeições por dia, acrescenta a nota.

"Este apoio representa a expressão máxima do valor da humanidade. É uma grande honra e privilégio poder contar com o apoio da ExxonMobil para criar alternativas para uma resposta imediata e eficaz às necessidades dos nossos irmãos e irmãs em Cabo Delgado", disse Ruy Santos, Coordenador do Projeto Makobo.

A ExxonMobil lidera com a italiana Eni o consórcio de exploração de gás natural da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado.

A portuguesa Galp, a KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participações de 10%.

No início do mês de abril, a ExxonMobil anunciou oficialmente o adiamento, sem prazo, da decisão final de investimento para o seu megaprojeto de gás natural na área.

O adiamento deve-se a um corte em 2020 nas despesas de capital em 30% e nas despesas operacionais em 15% devido à queda dos preços do petróleo e derivados, provocada pelo excesso de oferta e baixa procura em consequência da pandemia de covid-19.

A violência armada em Cabo Delgado já causou a morte de, pelo menos, 1.059 pessoas em quase três anos, além da destruição de várias infraestruturas.

De acordo com as Nações Unidas, a violência armada levou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afetados pela insegurança, mais a norte da província.

A capital provincial, Pemba, tem sido o principal refúgio para as pessoas que procuram abrigo e segurança em Cabo Delgado, mas há quem prefira fugir para outros distritos e até províncias da região, com destaque para Nampula.

 

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