Os comentários feitos pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, seguiram-se aos apelos feitos na quinta-feira pelo homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, e o chefe da diplomacia externa da União Europeia, Josep Borrell.
"Temos plena confiança no trabalho do TPI e consideramos um grave erro os EUA terem decidido este passo adicional. Continuamos a trabalhar para que o TPI possa cumprir o seu papel indispensável na luta internacional contra a impunidade e apelar aos EUA para que retirem as medidas", afirmou Haas, em comunicado.
Na quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou sanções contra a procuradora-geral do tribunal com sede em Haia, Fatou Bensouda, e o chefe da Divisão de Jurisdição, Complementação e Cooperação do Ministério Público, Phakiso Mochochoko, por continuarem investigações contra os EUA e aliados.
As sanções incluem o congelamento de ativos mantidos nos EUA ou sujeitos à lei do país, já depois de Pompeo ter imposto uma proibição de viagem a Bensouda e outros funcionários do tribunal.
A investigação solicitada pela procuradora do tribunal, Fatou Bensouda, visa, entre outras coisas, os abusos alegadamente cometidos por soldados norte-americanos no Afeganistão, onde os Estados Unidos estão a travar a guerra mais longa da sua história, desde 2001.
Também foram feitas alegações de tortura contra a CIA.
Os Estados Unidos não são membros do TPI e não ratificaram o tratado internacional em que o TPI se baseia.