A partir de quarta-feira, o teste RT-PCR será obrigatório quer para as saídas quer para as entradas internacionais, realizados até 72 horas antes, enquanto que para os voos domésticos será exigido um teste serológico realizado nos aeroportos, a expensas dos viajantes, disse Ricardo Abreu numa conferência de imprensa em Luanda.
"Não será gratuito, será comparticipado pelos próprios passageiros", acrescentou.
O ministro frisou que a aviação civil em Angola teve perdas muito significativas devido à pandemia, rondando os 67%, o que foi "muito significativo" para um setor "que é muito indutivo de outros setores por via indireta, como o turismo e a hotelaria".
O Governo angolano anunciou hoje as medidas que passam a vigorar na nova fase da situação de calamidade a partir de quarta-feira, prevendo-se o regresso dos voos internacionais regulares a partir de 21 de setembro, com frequências reduzidas.
"Todos os países estabeleceram regras sanitárias para entrada no território", lembrou Ricardo Abreu, destacando que a União Europeia estabeleceu um conjunto de regras que Portugal que é uma das principais ligações a Angola traduziu nos seus regulamentos internos.
"Não será uma abertura fora dos limites estabelecidos, quer por nós, quer pelos países de destino. O que propomos é maior regularidade de voos dentro dos limites dos acordos, mas reduzindo as frequências", explicou.
Os passageiros com bilhetes já emitidos terão prioridade para fazer a sua viagem, "permitindo que se escoe esse tipo de situações que colocam desafios do ponto de vista operacional e financeiro, já que a maior parte dos voos de repatriamento foram suportados pelo Estado", disse ainda o governante.
Ricardo Abreu anunciou ainda que serão colocados à disposição dos governos provinciais 150 novos autocarros para Luanda e mais 160 para o resto do país para melhorar a mobilidade nos transportes públicos.
Angola contabiliza até hoje 3.033 casos positivos e 124 mortes devido ao novo coronavírus.