O Ministério da Saúde britânico revelou, esta segunda-feira, que nas últimas 24 horas foram reportados mais 4.044 infetados (menos 29% do que na véspera) e 13 mortes associadas ao novo vírus no Reino Unido. No total, desde o início da pandemia, foram registados até hoje no Reino Unido 439.013 contágios e 42.001 óbitos.
Este é o terceiro dia consecutivo em que o número de casos diários desce, sendo que ontem foram identificados mais 5.693 infetados e no sábado mais 6.042 contágios.
Contudo, o Ministério do Interior recordou hoje que, geralmente, os dados relativos ao fim de semana são frequentemente mais baixos. A demora no processo administrativo de registo de óbitos leva a que os números durante o fim de semana sejam repetidamente mais baixos.
Segundo os dados relativos a Inglaterra, foram hospitalizados 245 pessoas infetadas nas últimas 24 horas, pelo que o total de internados é 1.883, dos quais 245 estão a ter assistência de ventilador.
Governo impõe mais restrições
Perante uma aceleração da transmissão do vírus no Reino Unido, o Governo britânico tem vindo a tomar várias medidas e a impor restrições.
Além da proibição já existente de ajuntamentos superiores a seis pessoas, recomendou o teletrabalho e decretou o encerramento de bares e restaurantes às 22:00, assim como a obrigação do uso de máscaras em mais espaços interiores.
Hoje entraram hoje em vigor em Inglaterra novas regras que obrigam por lei qualquer pessoa a ficar em isolamento se testou positivo ou se esteve em contacto com alguém infetado com covid-19, sendo as infrações penalizadas com multas.
As multas variam entre 1.000 libras (1.102 euros), o valor atualmente aplicado a quem não cumpre quarentena após chegar do estrangeiro, e 10.000 libras (11.019 euros), para os reincidentes ou infrações mais graves, incluindo empresas que obriguem os empregados a trabalhar.
Centenas de estudantes universitários foram obrigados a ficar em isolamento nas residências de 30 universidades com surtos de coronavírus, nomeadamente em Manchester, Glasgow, Exeter e Dundee, Belfast e Edimburgo.
Entretanto, o ministro da Saúde, Matt Hancock, revelou no parlamento, durante um debate sobre a pandemia covid-19, que vai ser proibido o convívio de agregados familiares diferentes dentro de casa ou em bares e restaurantes no nordeste de Inglaterra, onde a incidência ultrapassou os 100 casos por 100.000 habitantes.
"Sabemos que um grande número dessas infeções ocorre em espaços interiores, fora de casa. E assim, a pedido das autarquias locais, com as quais temos trabalhado em estreita colaboração, vamos introduzir restrições ao convívio entre famílias em qualquer ambiente", adiantou.