Desastre mais grave da Estónia investigado de novo após documentário

Ferry afundou-se a 28 de setembro de 1994, causando 852 mortes. Documentário faz descoberta que causa reação dos governos da Estónia, Suécia e Finlândia.

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© JAAKKO AVIKAINEN/AFP via Getty Images

Notícias Ao Minuto
29/09/2020 11:15 ‧ 29/09/2020 por Notícias Ao Minuto

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Desastre

As autoridades vão examinar novas evidências trazidas à liça por um documentário televisivo que podem alterar por completo a explicação oficial do naufrágio do ferry MS Estonia, em 1994, que culminou na morte de 852 pessoas, no mar Báltico.

O documentário de cinco episódios, que estreou na segunda-feira, revela ter encontrado um buraco de quatro metros no casco do MS Estonia que nunca tinha sido mostrado até agora. Num comunicado conjunto, os ministérios dos negócios estrangeiros da Estónia, Suécia e Finlândia indicaram que iriam "investigar a nova informação".

O documentário da Discovery Networks chama-se 'Estónia: A Descoberta que Muda Tudo' e alega ter descoberto o buraco na exploração dos detritos com recurso a um submarino.

Recorde-se que o ferry afundou-se a 28 de setembro de 1994, durante uma travessia de Tallinn para Estocolmo, causando 852 mortes. Apenas 137 dos 989 passageiros e tripulantes a bordo sobreviveram, num dos piores desastres da história da Estónia.

Notícias ao MinutoPessoas deixam flores num memorial às vítimas do MS Estonia, em 2019, na Suécia, 25 anos depois do desastre© JANERIK HENRIKSSON/AFP via Getty Images

O navio afundou-se em cerca de uma hora, a cerca de 22 milhas náuticas da ilha Uto, em menos de 85 metros de água.

A comissão criada para investigar o incidente concluiu, em 1997, que o afundamento aconteceu porque os dispositivos de bloqueio das portas da proa cederam ao impacto das ondas e deixaram a água entrar no convés onde estavam os veículos.

Os sobreviventes e os familiares das vítimas lutaram durante mais de 20 anos por uma investigação mais completa, alegando que a abertura das portas da proa não causariam um afundamento tão rápido, diz o Guardian.

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