O antigo agente da polícia de Minneapolis que foi acusado de homicídio depois de ter colocado um joelho no pescoço do afro-americano George Floyd foi, esta quarta-feira, libertado sob fiança, que estava estabelecida em cerca de 1 milhão de dólares (cerca de 800 mil euros).
Derek Chauvin, de 44 anos de idade, que estava detido numa prisão de alta segurança no Minnesota, enfrenta acusações de homicídio em segundo grau e homicídio involuntário (equivalente ao homicídio por negligência) no âmbito do caso da morte de Floyd, e vai ser novamente presente a um juiz em março de 2021.
Caso seja condenado por homicídio em segundo grau, o ex-polícia, com 19 anos de carreira e que tinha mais de uma dezenas de queixas contra si, incorre numa pena de até 40 anos de prisão.
Recorde-se que quatro agentes da polícia de Minneapolis foram despedidos na sequência da investigação à morte de George Floyd. Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao são acusados de ajudar o colega e de o encorajar no ato de violência que levou à asfixia de Floyd, tendo pago 750.000 de fiança e encontrando-se em liberdade a aguardar julgamento.
Os quatro agentes devem comparecer em tribunal para ser julgados juntos, mas o juiz está a avaliar um pedido para que sejam julgados separadamente.
BREAKING: Ex-police officer Derek Chauvin, charged for the murder of #GeorgeFloyd, has been released from custody after posting $1M bond, records show.All 4 officers charged have now been released on bond. pic.twitter.com/GYUM98RJvF
— AJ+ (@ajplus) October 7, 2020
Floyd, que foi apanhado com uma nota falsa de 20 dólares (18 euros), foi sufocado por Chauvin, que manteve um joelho no seu pescoço durante vários minutos, mesmo após várias súplicas de que não conseguia respirar, no dia 25 de maio deste ano.
A morte do afro-americano espoletou uma onda de protestos contra a violência policial e a injustiça racial em várias cidades norte-americanas, dando um novo fôlego ao movimento 'Black Lives Matter'.