"Estou pronto a deixar o cargo de Presidente da República do Quirguistão, depois de as autoridades executivas legítimas serem aprovadas e do regresso à legalidade", declarou Sooranbai Jeenbekov, num comunicado divulgado na Internet.
Esta demissão poderá acontecer quando for marcada uma data para as novas eleições e as mudanças efetuadas no Governo, acrescentou.
Hoje estão previstas novas manifestações, que poderão resultar em confrontos violentos entre fações.
Até aqui, Jeenbekov, que não surge em público desde segunda-feira, garantiu sempre que a demissão "não estava a ser considerada", por decorrerem negociações com diferentes grupos políticos.
Esta semana, violentas manifestações pós-eleitorais abalaram o país, num movimento de contestação para denunciar fraudes no escrutínio de domingo, do qual saíram vencedores dois partidos próximos do chefe de Estado.
As tensões não diminuíram apesar das autoridades quirguizes terem decidido anular os resultados das legislativas. Os confrontos na capital do Quirguistão, Bishkek, já causaram pelo menos um morto e centenas de feridos.
Esta antiga república soviética, a mais pluralista, mas também a mais instável da Ásia Central, já foi palco de duas revoluções e viu três Presidentes detidos ou exilados desde a independência da antiga União Soviética.