O homem que decapitou um professor numa rua dos subúrbios parisienses, na sexta-feira, esperou no exterior da escola onde Samuel Paty, de 47 anos, dava aulas e pediu a vários alunos para o identificarem. A informação foi avançada por responsáveis da brigada anti-terrorista.
Depois de identificado, seguiu a vítima, que fazia o caminho para casa a pé, e infligiu-lhe vários golpes com uma faca, acabando por decapitá-lo, conta a BBC.
O homem publicou depois várias imagens nas redes sociais do cadáver decapitado do professor que tinha mostrado caricaturas do profeta Maomé aos alunos. O atacante foi depois encurralado pela polícia numa cidade vizinha e disparou com uma pressão de ar contra a polícia, antes de ser abatido pelas autoridades.
Foram detidas pelo menos dez pessoas relacionadas com o homicídio, este sábado, e a polícia está a investigar possíveis ligações a grupos de extremismo islâmico.
O atacante foi para já identificado pela procuradoria-geral como Abdoulakh A., de 18 anos, nascido em Moscovo e de origem chechena. Não era conhecido pelas autoridades.
O ataque ocorreu cerca das 17h (16h em Lisboa) perto do College du Bois d'Aulne, onde Samuel dava aulas, na cidade de Conflans-Sainte-Honorine, a cerca de 30 quilómetros da capital francesa.
Será feito um tributo nacional a Samuel Paty na próxima quarta-feira.