Numa mensagem divulgada nas suas contas de redes sociais, o EI afirma que o agressor "se dirigiu a uma concentração [...] em Cabul, onde fez detonar o seu colete de explosivos".
Pelo menos 18 pessoas morreram e 57 ficaram feridas no atentado suicida, incluindo crianças, segundo o Ministério afegão do Interior, que antes tinha dado conta de 13 mortos e 30 feridos.
A explosão ocorreu ao final da manhã perto de um estabelecimento de formação para estudantes, numa zona do oeste de Cabul, indicou o porta-voz do ministério, Tareq Arian,.
"Um suicida que queria entrar no centro educacional foi identificado pelos guardas e fez-se explodir no caminho que conduz ao centro, antes de conseguir entrar", explicou.
Um funcionário do centro confirmou que a explosão ocorreu no estacionamento do estabelecimento.
O oeste de Cabul é habitado maioritariamente por hazaras, etnia de origem mongol e quase exclusivamente xiita, regularmente alvo do grupo terrorista Estado Islâmico.
O Afeganistão tem vindo a registar um aumento da violência, depois de o Governo de Cabul e os talibãs - movimento fundamentalista islâmico e nacionalista - terem encetado negociações, em setembro, com o objetivo de pôr fim a décadas de guerra, até agora sem grandes progressos.
Os talibãs, através do seu porta-voz Zabihullah Mudjahid, indicaram na rede social Twitter não ter "qualquer ligação" ao atentado contra o centro educativo.
Na sexta-feira, a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) lamentou pelo menos 50 mortos na última semana em vários ataques no Afeganistão, acusando Cabul e os rebeldes de não protegerem suficientemente os civis.
Referindo que "os civis afegãos são massacrados diariamente", Omar Waraich, responsável da AI no sul da Ásia, disse que "a comunidade internacional deve ter a proteção dos civis como uma reivindicação central para o seu apoio ao processo de paz".