Em comunicado, o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, qualificou o resultado de "passo histórico" para a política chilena e sublinhou que a "UE, como parceiro de longa data, apoia o Chile no caminho escolhido pelo seu povo".
"Este passo histórico é uma oportunidade única para fomentar a unidade entre todos os chilenos, intensificar o diálogo sobre o futuro do país e promover um desenvolvimento mais sustentável, equitativo, coeso e inclusivo", referiu Borrell.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reagiu ao resultado do referendo de domingo, sublinhando que o povo chileno decidiu "de forma exemplar, pacífica e democrática iniciar o caminho para uma nova Constituição".
"Com a liderança do povo chileno, o Chile começa uma nova era na sua democracia", afirmou Charles Michel através da sua conta oficial na rede social Twitter.
Já o Parlamento Europeu (PE) saudou também - através da presidente da Delegação à Comissão Parlamentar UE-Chile, Inmaculada Rodríguez-Piñero, e do presidente da Comissão dos Assuntos Externos, David McAllister -- a "maturidade democrática" do povo chileno.
"É exemplar a maneira como o Chile, o seu povo, o governo, os deputados e os diferentes atores políticos, económicos e sociais conseguiram -- em circunstâncias difíceis -- promover um clima de calma, diálogo e concertação, tanto durante a campanha para o referendo, como nos meses anteriores, o que contribuiu para a realização do referendo em clima de normalidade", referiram os dois eurodeputados em comunicado.
Os chilenos foram às urnas no domingo - um ano após um movimento de revolta que lutava contra a desigualdade social - para decidirem em referendo se aprovavam uma nova Constituição para substituir a que estava em vigor desde a ditadura de Augusto Pinochet.
Com 78% dos votos, a nova Constituição foi aprovada, cabendo agora a uma "Convenção Constituinte", que será eleita em abril de 2021, a elaboração da nova Constituição, que deverá depois ser submetida a referendo em 2022.