Outros sete acusados foram condenados a cinco anos de detenção neste processo, o mais recente dirigido contra presumíveis membros da organização que, entretanto, foi ilegalizada e qualificada de "terrorista". Foram ainda absolvidas 29 pessoas.
Entre as atas de acusação incluía-se a organização e participação no protesto passivo na praça Rabaa al-Adawiya no Cairo em 2013, o bloqueio de rua e a morte de membros das forças de segurança enviadas para dispersar a concentração.
"Vai ser possível recorrer da sentença", precisou a fonte judicial.
No verão de 2013 a praça Rabaa al-Adawiya foi palco de um vasto protesto pacífico, que se prolongou por seis semanas, organizado pelos apoiantes do antigo Presidente Mohamed Morsi, derrubado por um golpe de Estado militar em julho de 2013 na sequência de manifestações contra o seu governo, então dominado pela Irmandade muçulmana.
Em 14 de agosto de 2013, as forças de segurança dispersaram violentamente este protesto e outro idêntico na praça Al-Nahda, provocando mais de 800 mortos segundo organização não governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW), que se referiu "à mais importante matança em massa da história moderna do Egito".
De acordo com os números do atual Governo, oito polícias foram mortos na ocasião durante a atuação das forças policiais e militares na praça Rabaa al-Adawiya.
Sob o impulso do marechal Abdel Fattah el-Sisi, o mentor do golpe de Estado e atual Presidente, as autoridades detiveram milhares de membros e apoiantes da Irmandade Muçulmana, com a maioria a rejeitar envolvimento em ações violentas.
Desde 2013 que as manifestações estão proibidas no Egito, e a repressão também atingiu de forma implacável os militantes laicos e de esquerda.
Esta semana, o estado de emergência, em vigor desde 2017 no país, foi uma vez mais renovado por mais três meses.