Numa conferência de imprensa, a responsável pela Agência de Saúde Pública do Canadá, Theresa Tam, adiantou que, no pior cenário, no caso de um maior relaxamento, o Canadá (com cerca de 38 milhões de habitantes) poderá vir a atingir os 60.000 novos casos por dia.
"Sem uma suficiente redução no número de contactos sociais, esperamos uma média de 20.000 novos casos diários até ao fim de dezembro, seguida por um aumento de hospitalizações e de mortes. È urgente fazer baixar as taxas de infeção em todo o país", declarou, por seu lado, Howard Njoo, adjunto de Theresa Tam.
Até hoje, segundo os dados oficiais, o Canadá confirmou 317.000 casos de infeção e 11.273 óbitos desde o início da pandemia.
Nos últimos sete dias, a média diária está próxima de 4.800 novos casos e de 65 mortes.
As províncias de Colúmbia Britânica, Alberta, Quebec e Ontário estão atualmente a assistir a um aumento de novos casos do novo coronavírus, subida atribuída pelas autoridades sanitárias a reuniões sem o devido distanciamento social e que tem incrementado o total de hospitalizações.
"Pensem a sério nas escolhas que fazem porque a vida depende disso, A minha viagem é essencial? Preciso de sair hoje [de casa]", insistiu a ministra da Saúde canadiana, Patty Hajdu, ao lembrar as recomendações das autoridades sanitárias, apelando ainda para um melhor planeamento de festas e limitando os contactos.
O Quebec, é província mais afetada pela pandemia, anunciou quinta-feira que irá permitir reuniões durante quatro dias no Natal, na condição de que os habitantes locais limitem os contactos uma semana antes e outra depois das festas natalícias.
"Estou de acordo com o que o Governo do Quebec começou a fazer", afirmou Njoo, exortando, no entanto, a que cada um proceda a uma "autoavaliação dos riscos".
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.