A informação foi confirmada pela assessoria do candidato, que esclareceu que Boulos não apresenta qualquer sintoma da doença e que ficará de quarentena pelo período necessário.
O ativista e professor de Filosofia, que concorre à prefeitura de São Paulo pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), já tinha suspendido a sua campanha de rua na segunda-feira, quando a sua aliada e deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL) anunciou que testou positivo ao novo coronavírus, após ambos terem estado juntos num evento político.
"Diante do resultado positivo, (...) toda a equipa que trabalha na campanha e que tem contacto próximo com o Boulos será testado a partir de agora. A campanha seguirá atuante nesta reta final para apresentar o projeto de mudança que São Paulo precisa e fazer a esperança que vemos nas ruas desaguar numa vitória no próximo domingo", referiu o comunicado da equipa do candidato.
"O candidato reforça a preocupação que tem afirmado nos últimos dias sobre os indícios de uma segunda vaga da pandemia, até aqui negligenciada pelos Governos estadual e municipal, responsáveis pela aplicação das medidas", frisou ainda o texto.
Boulos irá disputar, no domingo, a segunda volta das municipais contra o atual prefeito da cidade brasileira de São Paulo, Bruno Covas, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Guilherme Boulos, símbolo da "nova esquerda" brasileira e que em 2018 concorreu a Presidente da República do Brasil, sem passar à segunda volta, conseguiu agora os holofotes da política, ao usar as redes sociais como a principal ferramenta para alcançar um público mais jovem, numa estratégia que o colocou diretamente na segunda volta das municipais.
O candidato de esquerda, que tem uma relação de amizade com o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, tem no movimento sem-teto o seu berço político, um movimento de caráter social, político e popular que tem como objetivo central o direito à moradia, a luta pela reforma urbana e pela diminuição da desigualdade social.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (mais de 6,2 milhões de casos e 171.460 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.433.378 mortos resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.