O Brasil atualizou esta sexta-feira o número de infeções e de mortes relacionadas com o novo coronavírus, somando mais 34.130 novos contágios e 514 óbitos.
No total, desde o início da pandemia, o Brasil, o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, reportou 6.238.350 casos de infeção e 171.974 mortes.
Os números de hoje representam uma ligeira descida face aos dados de quinta-feira, dia em que foram confirmados 37.614 novos casos de Covid-19 e 691 mortes.
De acordo com os dados hoje revelados, 5,536.852 infetados com SARS-CoV-2 no Brasil estão considerados curados da doença.
São Paulo, o Estado mais rico e populoso do país, continua a ser o foco da pandemia no Brasil com 1.233.587 de infeções, sendo seguido por Minas Gerais (409.731), Bahia (394.300) e Rio de Janeiro (347.348).
Em relação ao número de mortes, São Paulo (41.902), Rio de Janeiro (22.448), Minas Gerais (9.948) e Ceará (9.568) lideram nesse indicador.
O Brasil ocupa ainda a terceira posição mundial na lista de países com maior número de recuperados (5.536.524), atrás dos Estados Unidos (mais de 7,8 milhões) e da Índia (mais de 8,7 milhões).
No momento, 529.852 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico, devido à covid-19, em território brasileiro.
Face ao aumento de casos e óbitos de covid-19 no Brasil, entre 08 e 21 de novembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reconhecido centro de investigação médica brasileiro, avaliou hoje que este crescimento ainda não pode ser chamado de "segunda onda", mas que deve servir de alerta para reforçar o sistema de saúde do país.
"Ainda não se pode afirmar que o Brasil vive uma segunda onda da pandemia, mas a inversão da tendência de redução desses indicadores [de casos e óbitos] deve servir como alerta para todo o sistema de saúde, no sentido de reforçar a infraestrutura hospitalar e intensificar ações de atenção primária integrada à vigilância", afirma o Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, sublinhando a importância de combinar o distanciamento social com a realização de testes.
"Diante do atual cenário, os pesquisadores do Observatório Covid-19 ressaltam a importância de uma estratégia de enfrentamento da pandemia que articule a vigilância em saúde, com testes e identificação ativa de casos e contactos e, consequente, isolamento", diz o documento.
O aumento de casos nas última semanas provocou a lotação dos hospitais em São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país, segundo levantamentos divulgados hoje por 'media' locais.
Em São Paulo, que tem 12,1 milhões de habitantes e detém o título de cidade mais populosa do Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde alega que 48% das vagas das camas de cuidados intensivos para tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus estavam ocupadas, mas o portal UOL informou que os hospitais públicos da cidade têm já lotação que chega a até 78%.
No Rio de Janeiro, que tem uma população estimada em 6,7 milhões de pessoas, a ocupação das camas de cuidados intensivos para pacientes com covid-19 atinge 94% na rede pública e mais de 90% nos hospitais privados.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.433.378 mortos resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.