Na reunião, realizada na cidade costeira de Aqaba, Abbas agradeceu ao monarca "a sua posição de apoio às posições da Palestina e aos direitos do seu povo à liberdade e independência", de acordo com uma declaração da presidência jordana.
Salientou também que este apoio "confirma a profundidade das relações entre os líderes e os dois povos irmãos".
Abbas escolheu a Jordânia e o Egito como destinos da sua primeira viagem oficial ao estrangeiro, este ano, na qual deverá abordar "os últimos desenvolvimentos relacionados com a questão palestiniana", disse o porta-voz da presidência.
Pela sua parte, o rei Abdullah II reafirmou na reunião a posição tradicional da Jordânia em relação a Jerusalém, de cujos locais sagrados muçulmanos e cristãos o país árabe tem sido o guardião desde o tratado de paz com Israel, que ocupa a cidade sagrada.
"O rei renovou o apoio da Jordânia ao povo palestiniano e as suas aspirações de alcançar uma solução de dois Estados que garantiria a criação de um Estado palestiniano independente com Jerusalém como capital", disse a Corte Real numa declaração separada.
Também "sublinhou a importância de intensificar os esforços da comunidade internacional, no sentido de alcançar uma paz justa e duradoura e a conclusão do conflito israelo-palestiniano com base na solução de dois Estados.
Após esta visita à Jordânia, Abbas dirigiu-se ao Cairo, onde se encontrará na segunda-feira com o Presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi.
Após a vitória de Biden nas eleições norte-americanas, Abbas disse que os palestinianos estariam dispostos a retomar as negociações de paz com Israel, suspensas desde 2014, se os Estados Unidos renunciarem ao plano da Administração Trump para o Médio Oriente.
Esse plano alterou o quadro de negociação em vigor até agora - os Acordos de Oslo (1993-95) - ao abrir a porta à anexação parcial da Cisjordânia e ao relegar a capital palestiniana para os subúrbios de Jerusalém, sem a emblemática Cidade Velha.