Alto Comissariado manifesta preocupação com comícios na Guiné-Bissau

O Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau manifestou hoje "muita preocupação" em relação à forma como decorreram dois comícios realizados pelo Presidente guineense no leste do país, que não respeitaram as recomendações impostas pelas autoridades.

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Lusa
01/12/2020 16:51 ‧ 01/12/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Em comunicado divulgado à imprensa, a alta comissária para a Covid-19 da Guiné-Bissau, Magda Nery Robalo, salienta que foi com "muita preocupação", que tomou conhecimento dos comícios realizados no sábado, em Gabu, e domingo, em Bafatá.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, deslocou-se durante o fim de semana àquelas duas cidades no leste do país para agradecer o apoio dado à sua eleição como chefe de Estado.

Tanto em Gabu, como em Bafatá, milhares de pessoas estiveram todas juntas sem respeito pelo cumprimento da regra de distanciamento e sem utilizarem máscaras, apesar dos apelos feitos pelo chefe de Estado.

"Estes eventos estiveram em contrassenso com as recomendações do decreto-lei do Governo, promulgado pelo Presidente da República, que instituiu o estado de calamidade em virtude da pandemia de covid-19", salienta, no comunicado, Magda Robalo.

As autoridades guineenses declararam a situação de calamidade e de emergência de saúde em setembro, depois de vários meses em estado de emergência.

A situação de calamidade e de emergência de saúde vai estar em vigor até 08 de dezembro.

Segundo Magda Robalo, os comícios foram realizados numa altura em que se assista a uma segunda vaga da pandemia na Europa e "possivelmente também em África".

A Alta Comissária para a Covid-19 adverte que este tipo de acontecimentos põem em causa a "saúde pública" e "ameaçam reverter os ganhos conseguidos até agora na luta contra a pandemia".

A Guiné-Bissau regista atualmente um total acumulado de 2.441 casos de covid-19 no país, 64 dos quais permanecem ativos, e 44 vítimas mortais.

Na última semana, segundo dados divulgados pelo Alto Comissariado, foram registados três novos casos e mais uma vítima mortal.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.577 pessoas dos 300.462 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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