A decisão foi hoje anunciada e apresenta um novo pacote de restrições à vida pública e à atividade económica que a chanceler alemã, Angela Merkel, e os chefes dos 16 governos regionais do país concordaram por em prática, para impedir a disseminação do novo coronavírus.
O novo pacote de restrições endurece medidas anunciadas em 16 de dezembro e que deveriam terminar em 10 de janeiro, sendo agora prolongadas até ao final do corrente mês.
A Alemanha não está a conseguir reduzir o número de infeções, após dois meses de restrições, tendo registado hoje 11.897 novos caos (número influenciado pelos feriados recentes) e 944 mortes, acumulando 1.787.410 infeções e 35.518 mortes com covid-19.
Entre as novas restrições, está a diminuição do tamanho de reuniões privadas, que passam a poder incluir apenas uma pessoa fora do agregado familiar, bem como mais severas limitações de movimentação às pessoas que vivem em áreas com taxas de infeção particularmente elevadas.
A partir desta semana, nas áreas geográficas com mais de 200 casos de contaminação por 100.000 habitantes, as pessoas ficam limitadas a deslocações num raio de 15 quilómetros.
O Governo alemão já tinha decretado um confinamento parcial em 02 de novembro, encerrando restaurantes, bares e instalações desportivas, mas sem conseguir reduzir substancialmente o número de novas infeções.
O plano de vacinação na Alemanha começou há mais de uma semana, em simultâneo com os restantes países da União Europeia, tendo sido aplicadas quase 265.000 doses, de acordo com o Instituto Koch, que supervisiona o programa de combate à pandemia.
O Governo diz que o plano de vacinação está a prosseguir conforme o esperado e que o início lento da sua aplicação se deve ao facto de as equipas móveis se deslocarem, em primeiro lugar, a centros de terceira idade, para atingir a população mais vulnerável, o que leva mais tempo a realizar.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.