UE condena cerco à democracia americana e pede respeito por resultados

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou hoje o "cerco à democracia norte-americana" com violentos protestos e invasão do Capitólio, vincando que os resultados das eleições presidenciais "devem ser plenamente respeitados".

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Lusa
06/01/2021 22:16 ‧ 06/01/2021 por Lusa

Mundo

EUA/Eleições

"Aos olhos do mundo, a democracia norte-americana aparece hoje à noite sob cerco. Este é um ataque invisível à democracia norte-americana, às suas instituições e ao Estado de direito", reagiu Josep Borrell, numa publicação na sua conta oficial do Twitter.

Numa altura de tensão em Washington, o Alto Representante da UE para a Política Externa vincou que "isto não é a América", adiantando que "os resultados eleitorais de 03 de novembro devem ser plenamente respeitados".

Josep Borrell disse, ainda, "louvar as palavras de Joe Biden", que pediu contenção.

"A força da democracia dos Estados Unidos prevalecerá sobre os indivíduos extremistas", concluiu o chefe da diplomacia europeia.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou hoje que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a por fim à violência.

A posição foi assumida numa declaração ao país após a sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA ter sido interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio.

Milhares de manifestantes tinham-se reunido hoje em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.

Para enfrentar os protestos, e correspondendo ao pedido da presidente da câmara de Washington, Muriel Bowser o governador do estado da Virgínia, o democrata Ralph Northam, anunciou o envio de membros da unidade estadual da Guarda Nacional, assim como 200 membros da polícia da sua unidade administrativa.

Também hoje, num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazerem ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo mesmo dito que "nunca" aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.

Desde então, Trump voltou a pedir aos manifestantes que hoje invadiram Capitólio que se mantenham pacíficos, meia hora depois de uma outra mensagem no mesmo sentido, mas sem apelar ao fim dos protestos.

Minutos depois, agentes de segurança começaram a evacuar escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos na Câmara de Representantes e no Senado.

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