Boris Johnson condena "cenas vergonhosas" no Capitólio

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou hoje as "cenas vergonhosas" da invasão do Capitólio, em Washington, por manifestantes pró-Trump e apelou a uma transição "pacífica e ordenada" do poder para o democrata Joe Biden.

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© REUTERS/Hannah McKay/Pool

Lusa
06/01/2021 23:00 ‧ 06/01/2021 por Lusa

Mundo

EUA/Eleições

"Cenas vergonhosas no Congresso americano. Os Estados Unidos são os defensares da democracia no mundo inteiro", escreveu o chefe do Governo do Reino Unido numa mensagem na rede social Twitter.

"É agora vital que haja uma transferência de poder pacífica e ordenada", acrescentou Boris Johnson.

Manifestantes pró-Trump invadiram hoje o Capitólio norte-americano e entraram em confronto com as forças de segurança, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Pelo menos uma pessoa foi ferida por uma bala e a polícia teve de usar armas de fogo para proteger congressistas, enquanto a sessão de ratificação dos votos das Presidenciais teve de ser interrompida.

Outros aliados europeus dos EUA manifestaram-se preocupados ou até indignados com as cenas de violência provenientes de Washington.

O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, manifestou "muita inquietude e consternação" com as notícias dos confrontos nos Estados Unidos, país com o qual a Irlanda tem "uma ligação profunda", disse.

"Cenas chocantes e profundamente tristes em Washington", disse por seu lado o chefe da diplomacia Governo irlandesa, Simon Coveney, afirmando tratar-se de "uma agressão deliberada da democracia por um presidente cessante e os seus apoiantes"

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, qualificou como "horríveis" as imagens de Washington e apelou a Donald Trump para que "reconheça Joe Biden como o futuro Presidente hoje".

"O que vemos neste momento em Washington é um ataque totalmente inaceitável contra a democracia nos Estados Unidos. O Presidente Trump tem a responsabilidade de parar com isto. Imagens assustadoras, incrível que seja nos Estados Unidos", afirmou a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg.

Em reações anteriores, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reagiu "com choque" e apelou a uma "transferência pacífica de poder" para o Presidente norte-americano eleito, Joe Biden.

"O Congresso dos Estados Unidos é um templo da democracia. Testemunhar as cenas desta noite em Washington é um choque", afirmou Charles Michel, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, que lidera um dos maiores parlamentos do mundo, referiu-se às cenas "profundamente preocupantes" de Washington e apelou ao respeito pelos votos democráticos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse acreditar na "força da democracia": "Acredito na força das instituições dos Estados Unidos e na democracia. A transição pacífica deve ser a base", escreveu Ursula von der Leyen na rede social Twitter.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou hoje o "cerco à democracia norte-americana", vincando que os resultados das eleições presidenciais "devem ser plenamente respeitados".

"Aos olhos do mundo, a democracia norte-americana aparece hoje à noite sob cerco. Este é um ataque invisível à democracia norte-americana, às suas instituições e ao Estado de direito", reagiu Josep Borrell, numa publicação na sua conta oficial do Twitter.

Milhares de manifestantes tinham-se reunido hoje em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.

Para enfrentar os protestos, e correspondendo ao pedido da presidente da câmara de Washington, Muriel Bowser o governador do estado da Virgínia, o democrata Ralph Northam, anunciou o envio de membros da unidade estadual da Guarda Nacional, assim como 200 membros da polícia da sua unidade administrativa.

Também hoje, num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazerem ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo mesmo dito que "nunca" aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.

Minutos depois, agentes de segurança começaram a evacuar escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos na Câmara de Representantes e no Senado.

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