Capitólio. Trump defende que discurso foi "totalmente apropriado"
Presidente cessante indicou que se deve "evitar violência, sempre", mas diz que o seu discurso que antecedeu o ataque ao Capitólio foi "totalmente apropriado", citando "muitas pessoas" que o "analisaram".
© Drew Angerer/Getty Images
Mundo Eleições EUA
Depois de ter considerado um novo julgamento de destituição como "absolutamente ridículo", Donald Trump comentou, esta terça-feira, o impacto das suas palavras no discurso que proferiu na quarta-feira, antes de uma multidão ter levado a cabo uma tentativa de insurreição no Capitólio, que terminou com a morte de cinco pessoas.
"Tem que se evitar violência, sempre. E temos imenso apoio. Temos apoio que, provavelmente, nunca ninguém viu antes. Mas tem que se evitar violência", disse aos jornalistas, no relvado da Casa Branca, antes de partir para o Texas, onde vai visitar a fronteira.
Questionado sobre o seu papel na galvanização daquelas pessoas, que invadiram a sede do Congresso, o presidente cessante rejeitou qualquer responsabilidade, defendendo que as suas palavras foram "totalmente apropriadas".
"Se lerem o meu discurso - e muitas pessoas fizeram-no, eu vi nos jornais e na televisão -, foi analisado e as pessoas acham que o que eu disse foi totalmente apropriado", indicou.
Trump acrescentou que "outras pessoas", incluindo "políticos ao maior nível", disseram que os protestos e motins que tiveram lugar no ano passado, no âmbito do movimento Black Lives Matter, após a morte de George Floyd, foram mais preocupantes que o ataque em Washington.
"Aquilo foi um verdadeiro problema, eles disseram. Mas eles analisaram o meu discurso e as minhas palavras, a minha última frase, e todos acharam que era totalmente apropriado", reiterou.
Recorde-se que, no final do discurso, na quarta-feira, Trump disse: "Lutamos como se não houvesse amanhã. E se não lutarem assim, vão perder o vosso país". Duas horas após este discurso, os seus apoiantes começaram a atacar a polícia no Capitólio.
Está em curso uma investigação ao motim de dia 6 de janeiro, no Capitólio, conduzida pelos Gabinetes do FBI de Washington, de Dallas e de Memphis e pela Polícia do Capitólio dos Estados Unidos.
As autoridades continuam a apelar a que as pessoas denunciem indivíduos suspeitos de utilizarem explosivos, ou de praticarem atos violentos e destrutivos, associados à recente agitação.
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