Trump destacou, durante um evento, que "aconteceram muitos erros" em 29 de janeiro, quando um voo da American Airlines que saiu de Wichita, no Kansas, colidiu com um helicóptero do Exército quando o avião estava prestes a aterrar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, perto de Washington, matando todas as 67 pessoas a bordo das duas aeronaves.
Imediatamente após a tragédia, Trump culpou os programas de contratação de diversidade da administração anterior, liderada pelo democrata Joe Biden, mas hoje culpou o sistema informático utilizado pelos controladores de tráfego aéreo do país.
"É incrível que isto tenha acontecido. O que vai acontecer é que vamos todos sentar-nos e fazer um grande sistema informático para as nossas torres de controlo", apontou o republicano.
Trump disse que os EUA gastaram milhares de milhões de dólares a tentar "renovar um sistema antigo e quebrado" em vez de investir num novo.
E acrescentou que utiliza, no seu jato privado, um sistema de outro país quando aterra porque o seu piloto diz que o sistema existente está obsoleto.
O secretário dos Transportes, Sean Duffy, e Elon Musk disseram em publicações na rede social X que a equipa do empresário bilionário no Departamento de Eficiência Governamental ajudará a atualizar rapidamente o sistema de segurança da aviação do país.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) tem vindo a trabalhar desde meados dos anos 2000 --- muito antes do primeiro mandato de Trump --- para atualizar o sistema de controlo de tráfego aéreo através do seu programa NextGen.
Geoff Freeman, que lidera o grupo da indústria de viagens U.S. Travel Association, elogiou a promessa de Trump de substituir o sistema atual, dizendo que a indústria tem pedido repetidamente maiores investimentos em tecnologia e mão-de-obra.
A FAA deixou hoje claro que vai garantir que os helicópteros e aviões já não partilhem o mesmo espaço aéreo sobre o rio Potomac.
A maioria dos voos de helicóptero são proibidos na área, mas se um voo presidencial ou um helicóptero da polícia tiver de passar pela área, não será permitido qualquer avião nas proximidades.
O acidente foi o mais mortífero nos EUA desde 12 de novembro de 2001, quando um avião se despenhou num bairro de Nova Iorque pouco depois da descolagem, matando todas as 260 pessoas a bordo e cinco no solo.
Leia Também: Corpos de vítimas de colisão em Washington DC já foram todos recuperados