Trump entende que não corre risco de destituição com a 25.ª emenda

Donald Trump afirmou hoje que não há "qualquer risco" de ser demitido das suas funções de presidente com base na 25.ª Emenda da Constituição dos EUA.

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Lusa
12/01/2021 21:29 ‧ 12/01/2021 por Lusa

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EUA/Eleições

Esta Emenda permite que o vice-presidente, com o apoio dos ministros, declare o presidente inapto para as funções inerentes.

A afirmação de Trump foi feita em Álamo, no Estado do Texas, onde também apelou ao "respeito pela lei" e disse que tinha chegado para os EUA "o tempo do apaziguamento, o tempo da paz e da calma".

Na linha fronteiriça com o México, Trump elogiou o seu desempenho quanto a um dos pilares da sua presidência, a saber, a sua campanha contra a imigração ilegal, incluindo a construção de um muro na fronteira.

Hoje foi a primeira vez que Trump apareceu em público desde que um violento grupo dos seus apoiantes cercaram a invadiram o Capitólio, em Washington, no que foi uma tentativa frustrada de suspender a transição pacífica de poder.

Ao comentar a possibilidade de os democratas apelarem ao seu vice-presidente Mike Pence, para que este avance com a sua destituição, através da 25.ª Emenda, Trump disse: "Tenham cuidado com o que desejam".

Mas independentemente do que os democratas aprovarem no Congresso, não se espera que Pence avance com este processo.

Durante a sua deslocação a Álamo, Trump afirmou: "A 25.ª Emenda tem risco zero para mim. Mas [se os democratas a invocarem], ela vai regressar para assombrar Joe Biden e o seu governo", acrescentando: "Como diz o ditado, tem cuidado com o que desejas".

Depois de votar uma resolução, a Câmara dos Representantes vai avançar com legislação com vista à destituição ('impeachment') de Trump.

Este considerou que o esforço está a causar "tremenda fúria, divisão e dor, muita mais do que a maior parte das pessoas alguma vez compreenderá, o que é muito perigoso para os EUA, especialmente nestes tempos muito tensos".

Trump comentou ainda a violência no Capitólio, ocorrida na semana passada, dizendo: "Acreditamos na lei, não em violência e tumultos".

Trump rejeitou qualquer responsabilidade no ocorrido, apesar dos comentários que fez a encorajar os seus apoiantes para marcharem para o Capitólio e a elogiá-los, enquanto o ataque decorria.

A visita de Trump a Álamo é feita nos dias finais da sua presidência, em que aparece isolado, se apresenta como lesado e a desvalorizar a perspetiva de um segundo processo de destituição.

Leia Também: Vice-presidente Mike Pence assume: "O nosso tempo acabou"

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