Marrocos detém 41 pessoas que preparavam travessia ilegal para Espanha

A polícia de Marrocos deteve hoje 41 migrantes, a maioria cidadãos marroquinos, na cidade de Kenitra, a norte da capital do país, Rabat, que preparavam uma travessia marítima ilegal em direção a Espanha, divulgaram as autoridades locais.

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Lusa
13/01/2021 17:37 ‧ 13/01/2021 por Lusa

Mundo

Migrações

Num comunicado, a Direção-geral de Segurança Nacional marroquina precisou que entre os migrantes detidos também constava uma pessoa oriunda de um país árabe, mas sem especificar o país em questão, bem como três mulheres e um menor de idade.

Durante a mesma operação, a polícia deteve outras cinco pessoas que aparentemente eram os elementos organizadores desta tentativa migratória ilegal.

No comunicado, as autoridades marroquinas relataram que os 41 migrantes estavam escondidos numa casa construída ilegalmente nos arredores da cidade de Kenitra (noroeste de Marrocos, localizada na costa atlântica).

Durante a operação, a polícia apreendeu ainda um carro, uma moto, um motor marítimo, vários coletes salva-vidas e sete bidões com um total de 300 litros de combustível.

As forças policiais também apreenderam 20.000 dirhams em dinheiro (cerca de 1.800 euros), alegadamente obtidos de forma ilícita.

Na mesma casa foi descoberta uma lista que enumerava os nomes das pessoas que iam fazer a travessia ilegal e o valor pago por cada uma delas aos alegados passadores.

Apesar de ficarem afastadas das costas peninsulares espanholas (mais de 200 quilómetros), as praias de Kenitra, situadas a cerca de 40 quilómetros a norte de Rabat, são frequentemente utilizadas como ponto de partida para embarcações com migrantes.

O Ministério do Interior espanhol divulgou recentemente que ao longo de 2020, e ao contrário da rota atlântica das Ilhas Canárias (onde as chegadas de migrantes irregulares aumentaram significativamente durante o ano passado), o número de pessoas que chegam às costas peninsulares (15.685 pessoas em 2020) tem vindo a diminuir.

Em 2020, as chegadas às costas peninsulares espanholas diminuíram 25% face ao ano anterior, segundo a mesma fonte governamental.

 

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