Bruxelas defende "colaboração" na adaptação às alterações climáticas

Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia assegurou hoje que a estratégia de adaptação às alterações climáticas a apresentar pela UE em fevereiro terá "a colaboração global como centro" das suas ações e promoverá "soluções acessíveis e fáceis de aplicar".

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© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
25/01/2021 20:10 ‧ 25/01/2021 por Lusa

Mundo

Frans Timmermans

No decurso da sua intervenção na Cimeira de Adaptação do Clima (CAS), que os Países Baixos organizam hoje e terça-feira, Frans Timmermans sublinhou que os planos em elaboração pela União Europeia (UE) "terão a colaboração como centro de todas as suas ações serão apoiadas em soluções de adaptação fáceis de efetuar e acessíveis a todos os países do mundo".

O objetivo destas políticas será adaptar as economias e a vida social, mas também "proteger e restaurar a natureza, para ter bosques, oceanos e outros ecossistemas mais saudáveis", e que terão de ser "rápidas" para que não deixem "gente para trás", numa referência aos países com menos recursos e os mais atingidos pelo impacto do aquecimento global.

"Realizar esta conferência em linha é também uma forma de adaptação, devido à pandemia, adaptamos o nosso comportamento para travar a propagação de um vírus mortal, mas isso não significa resignarmo-nos ao vírus, porque também queremos lutar contra este vírus e assegurar que não terá influência na humanidade. É um esforço enorme, mas é necessário", prosseguiu Timmermans.

O vice-presidente da Comissão Europeia acrescentou que, à semelhança do vírus que não pode apenas implicar a vacina, e ser também necessário adaptar o nosso comportamento "mesmo que seja temporário", é necessário aplicar uma lógica semelhante face à crise climática porque "adaptar-se no é resignar-se às alterações climáticas", é parte de uma luta contra "uma ameaça direta à existência da humanidade".

"À semelhança do que assistimos durante esta pandemia e que continuaremos a ver com as alterações climáticas", as populações mais pobres são aos que "pagam o preço mais elevado e são sempre as mais vulneráveis" às suas consequências.

Frans Timmermans também insistiu que os chefes de Estado e de Governo do mundo, em particular da UE, devem juntar-se à luta contra a crise climática porque não deve ser permitido que "o seu impacto atinja os mais vulneráveis da mesma forma em que estão agora a ser atingidos pelo vírus".

Considerou ainda que o êxito da conferência climática COP26, que as Nações Unidas organizam no final de 2021 em Glasgow, na Escócia, "necessita da participação de todo o mundo", mas os países mais ricos "devem mostrar que existe uma forma de solidariedade que é real e credível" porque "não há vacina para isto, mas há uma solução, e não há necessidade de desesperar-se". "Mas necessitamos de um sentido de urgência", concluiu.

Leia Também: Fundo Climático. Merkel dá mais 100 milhões a países em desenvolvimento

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