"Estamos a fazer todos os possíveis para que as creches e as escolas sejam as primeiras a reabrir. Para devolver às crianças uma parte da rotina diária e para diminuir a pressão sobre as famílias", assegurou a chanceler na sua habitual vídeo mensagem dos sábados.
Segundo Merkel, todos no Governo alemão estão "muito conscientes" do "duro" que é "o dia a dia para muitos pais e crianças atualmente", devido às medidas em vigor para controlar a propagação da pandemia.
Na Alemanha, as escolas e creches estão encerrados desde meados de dezembro.
"É um enorme esforço para os pais de crianças em creches e na escola primária cuidar e educar os seus filhos em casa. A isto há que somar as obrigações laborais e preocupações", afirmou a chanceler.
Merkel, que na próxima quinta-feira participará num encontro virtual sobre este tema com pais e mães -- alguns dos quais membros de famílias monoparentais -- recordou, ainda assim, algumas das ajudas estatais aprovadas nos últimos meses para apoiar as famílias.
Entre elas, referiu um apoio extraordinário de 200 euros por criança (liquidado no outono) e uma subida no abono mensal por menor, de 204 para 219 euros (que entrou em vigor em janeiro).
Adicionalmente, disse, foi duplicado para 20 o número de dias de baixa que se podem requerer por doença de um filho, admitindo-se como motivo a necessidade de lhe dar assistência em casa devido ao encerramento das escolas.
Merkel sublinhou ainda que, graças "aos esforços feitos, os números de novas infeções estão a recuar desde há já algum tempo", mas apelou a que não se baixe a guarda porque "o risco real" são as "mutações do vírus altamente contagiosas".
"Ainda não chegámos ao ponto em que as creches e as escolas podem reabrir as suas portas", disse, sem fazer qualquer referência a 14 de fevereiro, data até à qual foi prolongada esta medida.
A Alemanha registou nas últimas 24 horas 12.321 novos casos de covid-19 e 794 mortes, mantendo a tendência de redução. A incidência acumulada nos últimos sete dias caiu para os 90,9 casos por cada 100.000 habitantes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.191.865 mortos resultantes de mais de 101 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.
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