"Foram movidos em macas com ventiladores portáteis. Ninguém morreu. Todas as transferências decorreram com muita calma", disse o ministro da Saúde chileno, Enrique Paris.
O incêndio no Hospital San Borja Arriarán, no centro de Santiago, teve início por volta das 07:00 locais (10:00 em Lisboa) e o Ministério Público está a investigar a origem, sendo que é apontado um curto-circuito como a causa provável.
As chamas já foram controladas e não afetaram nenhum setor com doentes, mas a área das caldeiras, instalações elétricas e outros serviços hospitalares foi afetada.
Familiares dos doentes aglomeraram-se à porta do hospital quando souberam do incêndio e os meios de comunicação locais mostraram algumas cenas de pânico.
"O hospital provavelmente não estará operacional hoje", disse o subsecretário das Redes de Cuidados, Alberto Dougnac, que explicou que todos os outros doentes sem covid-19 também serão transferidos para outras instituições de saúde.
Com 718.749 infetados e 18.257 mortos desde março pela doença, o Chile está numa segunda vaga de covid-19 desde dezembro, com mais de 4.000 casos diários, um número semelhante aos de junho e julho, quando o país passou o primeiro grande pico da pandemia e esteve à beira do colapso do sistema de saúde.
Para prevenir a propagação do vírus, mais de 20% da população do país está em quarentena total em mais de 50 bairros, a maioria dos quais em zonas turísticas do sul do país, que receberam um maior fluxo de pessoas por causa da chegada do verão e da temporada de férias.
Na capital, onde vivem mais de sete milhões de pessoas, a quarentena aplica-se aos fins de semana na maioria dos bairros e os negócios não essenciais só podem funcionar nos dias úteis.
O Chile, que iniciou a inoculação em 24 de dezembro e aprovou as vacinas Pfizer, Sinovac e AstraZeneca, tem como objetivo imunizar toda a população em risco (cerca de cinco milhões de pessoas) no primeiro trimestre de 2021 e as restantes nos primeiros seis meses do ano.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.