Os Estados Unidos registaram em janeiro um recorde de 90 mil mortes associadas ao vírus SARS-CoV-2, um novo máximo de mortes causadas pela doença num mês, apesar de se assistir, no país, a um desacelerar do ritmo de contágio.
A informação foi esta segunda-feira avançada pelo grupo de trabalho da Casa Branca dedicado à pandemia.
Rochelle Walensky, diretora do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC, na sigla em inglês), indicou, em conferência de imprensa, que não se tinha ainda registado este número de mortes num único mês desde o início da pandemia no país.
A Universidade Johns Hopkins clarificou que morreram 95.245 pessoas por causa da Covid-19, entre o dia 1 e 31 de janeiro, ultrapassando as 77.486 mortes registadas em dezembro.
"Agora mesmo é o pior de dois mundos. É inverno. Está a ficar cada vez mais frio, as pessoas estão a juntar-se mais, há um número muito grande pessoas nos Estados Unidos que se recusa a usar máscara, que não se distancia", explicou Paul Offit, um responsável do regulador do medicamento (FDA), citado pela CNN.
"Penso que nas próximas seis semanas a dois meses vão ser duros. Poderemos ter mais 100 mil a 150 mil mortes", acrescentou.
Recorde-se que os Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia a nível mundial, contabiliza um total de mais de 440 mil óbitos e 26 milhões de casos confirmados.
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