Desespero no México entre escassez de vacinas e protestos da restauração

A pandemia está a começar a provocar o desespero na população do México, já que o país está impedido de prosseguir a vacinação por falta de doses e são cada vez maiores as manifestações de trabalhadores da restauração.

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© Reuters

Lusa
04/02/2021 23:07 ‧ 04/02/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

O México recebeu apenas 760.000 doses da vacina desenvolvida pela Pfizer contra o SARS-CoV-2, das quais já só tem 89.000, muitas das quais destinadas para segunda dose de pessoas que já receberam a primeira.

Deverão chegar 400.000 doses da Sputnik V até ao final de fevereiro. Ainda assim, são insuficientes sequer para vacinar os cerca de 750.000 profissionais de saúde que trabalham no México, e ainda menos para imunizar uma população de 126 milhões de pessoas.

Entretanto, milhões de mexicanos continuam impedidos de fazer o registo para a vacinação na plataforma governamental, que foi abaixo pelo terceiro dia consecutivo, devido à sobrecarga dos servidores e dos inúmeros acessos em simultâneo.

A Associated Press (AP) dá conta de que mesmo que a sobrecarga dos servidores e do 'site' não fossem um problema, a população ainda tem de 'ultrapassar' um "Captcha" - medida de segurança 'online' - "I am not a robot" ("Não sou um robô"), escrito em inglês, que pede aos utilizadores para identificarem certos objetos dentro de um conjunto de fotografias.

Contudo, as imagens apresentadas são, por exemplo, de bocas de incêndio e de chaminés, que ou não existem no México ou são completamente diferentes, dificultando o reconhecimento da população.

O desespero e descontentamento são adensados pelas manifestações dos trabalhadores da restauração, que exigem medidas do Governo que aliviem a asfixia que o setor está a sentir por causa das medidas de restrição impostas para mitigar a propagação do coronavírus detetado no final de 2019 em Wuhan, na China, e que alastrou, entretanto, a todo o planeta.

Centenas de cozinheiros, empregados de mesa e outros funcionários de restaurantes concentraram-se junto do Monumento da Revolução, na Cidade do México, capital do país.

Com os uniformes do trabalho fizeram ouvir-se através do 'chinfrim' provocado pelas panelas e pelas palavras de ordem "Ou abrimos, ou morremos".

A cidade -- que tem a capacidade hospitalar nos 80% - apenas permite os serviços de take-away. Jantar no estabelecimento apenas é permitido se o restaurante tiver um espaço ao ar livre, como, por exemplo, uma esplanada, que possibilite o distanciamento físico entre cientes.

Contudo, estes trabalhadores dizem que o setor está a ficar sufocado.

 

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