Na quinta-feira, Joe Biden anunciou a suspensão do processo de retirada de parte do efetivo militar norte-americano na Alemanha, que havia sido decidido pelo seu antecessor, Donald Trump, que propôs a redução dos atuais 34.500 militares para 25.000.
A decisão de suspender os planos de retirada, anunciada por Biden no seu primeiro discurso sobre política externa, "servirá os interesses de ambas as partes", explicou Steffen Seibert, numa conferência de imprensa.
"Sempre estivemos convencidos de que as tropas norte-americanas estacionadas aqui na Alemanha servem a segurança europeia e transatlântica", acrescentou Seibert.
Biden disse que o seu Governo iria proceder a um "reexame global da postura" das forças militares destacadas no estrangeiro, confiadas ao ministro da Defesa, Lloyd Austin, revertendo a linha política estabelecida no mandato de Trump, que provocou atrito nas relações transatlânticas.
Presente na Alemanha desde a derrota do Terceiro Reich, no final da Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos cresceram em número, de cerca de 200.000 em 1990 para 34.500 hoje.
Trump propôs a redução para cerca de 25.000, repatriando 6.400 para os Estados Unidos, reposicionando 5.600 noutros países da NATO, nomeadamente em Itália e na Bélgica, e transferindo o comando militar dos EUA na Europa (Eucom) de Estugarda, na Alemanha, para Mons, em território belga.