De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse, a iniciativa dura desde o início de fevereiro e pretende aumentar a consciência social sobre a necessidade de usar máscara no país mais populoso de África, que é simultaneamente a maior economia e onde os casos de covid-19 se consideram largamente subestimados.
O uso de máscaras é obrigatório nos espaços públicos, mas a maioria da população não cumpre o distanciamento social num país que enfrenta a segunda vaga da pandemia, com 143.516 casos oficiais e 1.710 mortes.
Desde o início do mês, uma força especial destinada ao controlo das medidas de distanciamento tem vindo a deter os infratores e levá-los a um tribunal ao ar livre na Praça da Águia, a poucos metros do Supremo Tribunal e da Assembleia Nacional.
O chefe desta força policial contou à AFP que "hoje foram julgadas 46 pessoas, incluindo três menores" e explicou que "os que se declararam culpados foram multados em 2 mil nairas", o equivalente a 2 euros, sendo que as penas podem incluir serviço comunitário ou podem ir até pena de prisão.
Em janeiro, o Presidente, Muhammadu Buhari, assinou um decreto que prevê uma pena de prisão de até seis meses para quem não cumprir as medidas de combate à propagação do vírus.
África registou nas últimas 24 horas mais 567 mortes por covid-19 para um total de 97.299 óbitos, e 12.010 novos casos de infeção, segundo os dados mais recentes oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.715.923 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 15.175, para um total de 3.256.433 desde o início da pandemia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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