Nigéria faz julgamentos ao ar livre para quem não cumpre distanciamento
As autoridades judiciais da capital da Nigéria, Abuja, criaram um tribunal ao ar livre para julgar os cidadãos que não cumpram as medidas de distanciamento social, aplicando sanções que podem chegar à pena de prisão.
© REUTERS/Stringer
Mundo Covid-19
De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse, a iniciativa dura desde o início de fevereiro e pretende aumentar a consciência social sobre a necessidade de usar máscara no país mais populoso de África, que é simultaneamente a maior economia e onde os casos de covid-19 se consideram largamente subestimados.
O uso de máscaras é obrigatório nos espaços públicos, mas a maioria da população não cumpre o distanciamento social num país que enfrenta a segunda vaga da pandemia, com 143.516 casos oficiais e 1.710 mortes.
Desde o início do mês, uma força especial destinada ao controlo das medidas de distanciamento tem vindo a deter os infratores e levá-los a um tribunal ao ar livre na Praça da Águia, a poucos metros do Supremo Tribunal e da Assembleia Nacional.
O chefe desta força policial contou à AFP que "hoje foram julgadas 46 pessoas, incluindo três menores" e explicou que "os que se declararam culpados foram multados em 2 mil nairas", o equivalente a 2 euros, sendo que as penas podem incluir serviço comunitário ou podem ir até pena de prisão.
Em janeiro, o Presidente, Muhammadu Buhari, assinou um decreto que prevê uma pena de prisão de até seis meses para quem não cumprir as medidas de combate à propagação do vírus.
África registou nas últimas 24 horas mais 567 mortes por covid-19 para um total de 97.299 óbitos, e 12.010 novos casos de infeção, segundo os dados mais recentes oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.715.923 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 15.175, para um total de 3.256.433 desde o início da pandemia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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