Israel vai enviar vacinas não utilizadas para a Palestina e outros países

Israel afirmou hoje que vai enviar uma "quantidade limitada" de doses de vacina anti-Covid-19 não utilizadas para os palestinianos e alguns países, como a Honduras que prevê abrir uma embaixada em Jerusalém.

Notícia

© iStock

Lusa
23/02/2021 20:15 ‧ 23/02/2021 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Israel, que detém o recorde do mundo em número de habitantes vacinados, já administrou as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech a três milhões de israelitas, cerca de um terço da sua população.

O Estado judaico iniciou em 19 de dezembro uma vasta e rápida campanha de vacinação após um acordo com a Pfizer e que permitiu a Israel obter rapidamente milhões de doses em troca de dados biomédicos sobre o efeito da vacina.

"Israel recebeu numerosos pedidos de ajuda de países que pedem vacinas", lê-se num comunicado distribuído hoje pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, precisando que o Estado judaico não está em condições de fornecer uma ajuda "significativa" antes do final da sua campanha de vacinação.

No entanto, devido a "uma quantidade limitada de vacinas não utilizadas acumuladas no mês passado", Israel decidiu "ajudar o pessoal médico da Autoridade palestiniana e diversos países" e enviar "uma quantidade simbólica de vacinas", acrescenta-se no comunicado.

Israel já enviou nas últimas semanas alguns milhares de doses de vacina para a Cisjordânia ocupada, destinadas ao pessoal médico da Autoridade Nacional Palestiniana.

Segundo a ONU e diversas organizações não-governamentais (ONG), e na qualidade de "ocupante", Israel tem a "obrigação" de "fornecer" vacinas aos 2,8 milhões de palestinianos na Cisjordânia ocupada e aos dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio israelita.

Em paralelo, os 'media' israelitas citaram designadamente as Honduras como um país suscetível de receber as doses de vacina, após este país da América Central ter anunciado em 2020 a intenção de deslocar a sua embaixada de Telavive para Jerusalém.

Os Estados Unidos, sob a Presidência de Donald Trump, transferiram em 2018 a sua embaixada em Israel de Telavive para Jerusalém, apesar de a maioria dos países não reconhecer esta cidade como a capital de Israel, e com a ONU a considerar que o seu estatuto deve resultar de um acordo entre israelitas e palestinianos.

O Estado judaico ocupou o setor leste de Jerusalém em 1967, de seguida anexou-o e atualmente considera o conjunto da cidade como a sua capital "eterna" e "indivisível", enquanto os palestinianos pretendem eleger Jerusalém Leste a capital do seu eventual e futuro Estado.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.474.437 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.086 pessoas dos 799.106 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: 12.ª Emergência sem mudanças; Espanha sai do risco extremo

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas