Johnson "chocado" com caso de mulher alegadamente morta por polícia
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje estar "chocado" e "profundamente triste" com o caso de uma mulher alegadamente assassinada por um polícia em Londres a caminho de casa, durante a noite, na semana passada.
© REUTERS/Hannah McKay/Pool
Mundo Reino Unido
Sarah Everard, de 33 anos, tinha visitado amigos em Clapham, sul de Londres, e estava a regressar a sua casa em Brixton, a cerca de 50 minutos a pé, quando desapareceu por volta das 21:30 do dia 03 de março.
A Polícia Metropolitana de Londres recebeu mais de 120 telefonemas de pessoas após um apelo público e foi a cerca de 750 casas na área, tendo na terça-feira detido um homem de cerca de 40 anos, agente policial membro da unidade responsável pela segurança de representações diplomáticas e políticos.
Inicialmente suspeito de rapto, foi também acusado de homicídio, e restos mortais foram encontrados na quarta-feira, mas ainda não foram identificados.
"Estou chocado e profundamente triste com os desenvolvimentos da investigação de Sarah Everard", disse Boris Johnson através da rede social Twitter, acrescentando: "Devemos trabalhar rapidamente para encontrar todas as respostas sobre este crime horrível."
Preso na noite de terça-feira, o agente de polícia acusado de homicídio também é suspeito de um incidente separado de atentado ao pudor. Uma mulher na casa dos 30 anos também foi presa por suspeita de cumplicidade.
Os restos mortais foram encontrados num bosque perto da cidade de Ashford, sudeste de Londres, revelou a chefe da Scotland Yard, Cressida Dick, na noite de quarta-feira.
Para já, a polícia "não consegue confirmar a identidade", indicou, acrescentando que "pode levar um tempo considerável".
A comissária da polícia londrina assegurou que "é extremamente raro uma mulher ser raptada nas ruas" da cidade, mas prometeu reforçar a presença de agentes.
As circunstâncias do desaparecimento de Sarah Everard chocaram e comoveram muitas mulheres que se identificaram com o risco de caminharem sozinhas à noite.
"Muitas mulheres partilharam as suas histórias e preocupações na Internet desde o desaparecimento de Sarah. Mensagens muito poderosas porque todas as mulheres podem identificar-se com elas", admitiu a ministra do Interior, Priti Patel, também no Twitter.
"Todas as mulheres devem poder sentir-se seguras a caminhar nas nossas ruas, sem medo de serem agredida ou vítimas de abusos", acrescentou.
De acordo com uma sondagem YouGov da ONU Mulheres do Reino Unido, 80% das mulheres de todas as idades disseram terem sido vítimas de assédio em locais públicos, com 97% das mulheres com idades entre os 18-24 confirmado que foram assediadas sexualmente.
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