Foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Minneapolis, nos Estados Unidos, esta sexta-feira, uma indemnização de 27 milhões de dólares (cerca de 22,5 milhões de euros) para a família de George Floyd. O acordo resulta de um processo federal que a família pôs contra a cidade de Minneapolis, em julho do ano passado.
"A morte horrível de George Floyd, testemunhada por milhões de pessoas em todo o mundo, desencadeou um anseio profundo e uma demanda inegável por justiça e mudança", disse Ben Crump, advogado da família de Floyd em comunicado citado pela CNN.
"Que o maior acordo pré-julgamento jamais feito num caso de morte por negligência tenha sido por causa da vida de um homem negro envia uma mensagem poderosa de que as vidas negras importam e de que a brutalidade policial contra pessoas de cor deve acabar", acrescentou.
O acordo inclui 500 mil dólares (418 mil euros) para o bairro a sul de Minneapolis, que inclui o cruzamento onde Floyd foi detido e que foi bloqueado por barricadas desde sua morte, com uma enorme escultura de metal e murais em sua homenagem.
Recorde-se que George Floyd foi morto a 25 de maio de 2020 após Derek Chauvin ter pressionado com o joelho o pescoço do afro-americano durante cerca de nove minutos. O vídeo desse momento tornou-se viral e provocou uma onda de manifestações em todo o mundo contra o racismo e a violência policial.
O agente da polícia de Minneapolis Derek Chauvin está atualmente em julgamento e enfrenta acusações de homicídio em segundo grau e de assassínio, bem como outros três agentes que estavam presentes, todos já despedidos da polícia de Minneapolis.
O tribunal prossegue hoje o processo de escolha dos potenciais jurados do julgamento de Chauvin, processo que começou terça-feira. Este muito esperado julgamento é um teste para a justiça norte-americana, após uma vaga de violentas manifestações antirracistas que obrigou os trabalhos em tribunal a decorrer sob fortes medidas de segurança.
[Notícia atualizada às 20h08]
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