"A posição do país em relação ao acordo alcançado em Viena em 2015 foi claramente anunciada. Não há como nos desviarmos. A posição implica que os americanos levantem todas as sanções, e então verificaremos se foram de facto levantadas. Se realmente forem, retornaremos aos nossos compromissos", disse o líder iraniano durante um discurso transmitido pela televisão por ocasião do Ano Novo iraniano.
Khamenei acrescentou que esta posição "é irrevogável", confirmando o que já tinha anunciado em janeiro.
O Acordo de Viena prevê um alívio nas sanções internacionais ao Irão por troca de restrições no respetivo programa nuclear.
Inclui ainda que sejam dadas garantias, verificadas pela ONU, que provem o cumprimento do acordado.
A denúncia do ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, do acordo em 2018 e o restabelecimento das sanções económicas pelos americanos contra Teerão, mergulharam o Irão numa recessão profunda.
Em resposta, o Irão começou, em 2019, a não cumprir alguns dos principais compromissos e, em particular, os sobre os limites impostos pelo acordo sobre atividades de enriquecimento de urânio.
A chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca em janeiro, e os esforços para tentar colocar o acordo de Viena de volta em cima da mesa parecem estar em um impasse.
Para prosseguir com o levantamento das sanções, como solicitam os iranianos, Washington exige que Teerão retome a aplicação total e completa do texto.
"Não consideramos as promessas dos americanos verdadeiras. Dizer que o vão fazer no papel e depois manter as sanções na prática não é aceitável", referiu Khamenei.
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