Depois de ter fracassado na primeira volta da investidura, na sexta-feira, Aragonês obteve hoje apenas 42 votos a favor, longe da maioria absoluta -- que exigia pelo menos 68 votos -- devido à abstenção do partido Juntos pela Catalunha (JxCat).
Estiveram contra a investidura de Pere Aragonès o PSC, Vox, En Comú Podem, Ciudadanos e PPC, somando 61 votos de rejeição.
Agora, ERC e JxCat devem voltar à mesa das negociações, durante as próximas semanas para evitar que, perante a impossibilidade de investidura, em maio sejam marcadas novas eleições para julho.
A lei eleitoral catalã indica que o presidente da Generalitat é eleito numa votação do parlamento, composto pelos deputados escolhidos nas eleições regionais. O nome proposto pelos partidos pode eleito à primeira votação, se tiver maioria absoluta ou eleito por maioria simples em votações sucessivas de investidura, o que não aconteceu até agora.
Aragonès tem sido favorável ao "reconhecimento de todos os espaços" independentistas, tanto na Catalunha como "no exílio" (numa referência ao ex-presidente Carles Puigdemont, que se encontra exilado em Bruxelas), mas também exigiu "valorizar a liderança das instituições catalãs, deste o parlamento ao Governo e presidência".
Hoje, Aragonès tinha prometido que, se fosse investido, governaria "sem substituições nem tutela", num recado ao JxCat e a Puigdemont, mas dizendo ser "imprescindível coordenar estratégias entre as forças independentistas".
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