Angola adverte produtores de diamantes a honrarem compromisso financeiro
O Governo angolano defendeu hoje que se encontre uma estratégia para os membros da ADPA - Associação de Países Africanos Produtores de Diamantes honrarem com as suas obrigações financeiras, um dos pressupostos para garantir a sua continuidade na organização.
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Mundo Angola
A posição foi expressa pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino de Azevedo, que participou na sétima reunião ordinária do Conselho de Ministros da ADPA, que avaliou e tomou decisões sobre a gestão da organização.
O governante angolano, citado numa nota do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, frisou que a ADPA está perante uma crise multifacetada e profunda, cuja solução, na opinião de Angola, "passa pela continuidade das reformas da organização, o encargo salarial dos funcionários da ADPA, a continuidade ou não do atual secretariado e a estratégia a adotar para que os membros honrem com as suas obrigações".
"A República de Angola considera que a tomada de decisões sobre as questões que acabo de enumerar é fundamental para definirmos a nossa continuidade na ADPA", realçou o ministro.
De acordo com a nota, o chefe da delegação angolana defendeu que seja assegurada a filiação do Botsuana, um dos principais produtores africanos de diamantes, à ADPA como "um desafio da associação".
Diamantino de Azevedo disse que caso venham a ser apuradas e implementadas medidas adequadas que permitam ultrapassar os constrangimentos apurados, Angola mantém a sua vontade em continuar a albergar a sede da ADPA.
Na reunião foi aprovada a cessação de mandato do secretário-geral, suspenso desde janeiro de 2020, do angolano Edgar de Carvalho, e a extensão, por seis meses, do mandato dos dois membros da comissão interina de gestão do secretariado executivo, tendo a Namíbia procedido à passagem de pastas da presidência da ADPA à Tanzânia, por um ano.
A ADPA, formada em 2006, com sede em Angola, tem como Estados-membros também a República Centro Africana, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, Namíbia, África do Sul, Mali, Zimbabué, Argélia, Mauritânia, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Gabão e Tanzânia.
No ano passado, o chefe da diplomacia angolana, Téte António, disse que o país lusófono estava a avaliar os benefícios de adesão a várias organizações internacionais, com as quais gasta anualmente 100 milhões de dólares (83,5 milhões de euros), sem grandes valias para o país.
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