O réptil, "vive nas proximidades do Tobogã de Cuao, no Momento Natural Cerro Autana" e "foi batizado com o nome científico de Kataphraktosaurus ungerhamiltoni que significa 'lagarto encouraçado', referindo-se às escamas espinhosas que protegem o seu corpo desde a cabeça à cauda", explica a Provita na sua página web.
Segundo Celsa Señaris, investigadora e fundadora da Provita, a nova espécie "pertence a um novo género, dentro dos chamados 'microteides', que agrupa pequenos lagartos neotropicais , dos que cada vez mais se descobrem novas especiais, graças à incorporação de evidências moleculares na hora de classificar os espécimes taxonomicamente (por nomenclatura)"
"Graças às suas características morfológicas únicas e aos estudos genéticos (...) foi possível determinar que o réptil pertence a uma nova espécie. O seu comprimento é de quase 8,5 centímetros (o corpo mede 5 cm e a cauda cerca de 3,5 cm), é castanho avermelhado, com algumas manchas pouco definidas, irregulares, castanho claro e escuro. Possui escamas tuberculadas e principalmente grandes espinhas no pescoço, na parte superior do corpo e da cauda, ?e com olhos avermelhados", explica.
Segundo um artigo publicado no portal Zootaxa (jornal para taxonomistas zoológicos do mundo), os pesquisadores, com base em algumas características morfológicas, presumem que o "lagarto encouraçado" seja uma espécie "semiaquática que vive na nas florestas adjacentes aos riachos cor de chá típicos do maciço de Cuao-Sipapo, no estado venezuelano de Amazonas".
"Seguindo os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os pesquisadores sugerem que a nova espécie é da categoria de Dados Insuficientes, o que indica que se desconhecem as informações sobre a sua população total e possíveis ameaças que ela possa apresentar", afirma.
A equipa de investigadores era formada pelos venezuelanos Celsa Señaris, fundadora e investigadora associada de Provita e Fernando J.M. Rojas-Runjaic da Fundação La Salle de Ciências Naturais (Caracas).
Também os espanhóis César L. Barrio-Amorós, da Doc Frog Expeditions/CRWild de Costa Rica, e Ignácio de la Riva, do Museu Nacional de Ciências Naturais de Espanha, e Santiago Castroviejo-Fisher, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil) e do American Museum of Natural History (Estados Unidos).
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