Investigadores descobriram nova espécie de lagarto na região do Amazonas

Uma equipa de investigadores descobriu uma nova espécie de lagarto com 8,5 centímetros de comprimento, na região venezuelana de Amazonas (no sul do país), anunciou hoje a Provita, uma ONG centrada na conservação da natureza.

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Lusa
09/04/2021 07:37 ‧ 09/04/2021 por Lusa

Mundo

Venezuela

O réptil, "vive nas proximidades do Tobogã de Cuao, no Momento Natural Cerro Autana" e "foi batizado com o nome científico de Kataphraktosaurus ungerhamiltoni que significa 'lagarto encouraçado', referindo-se às escamas espinhosas que protegem o seu corpo desde a cabeça à cauda", explica a Provita na sua página web.

Segundo Celsa Señaris, investigadora e fundadora da Provita, a nova espécie "pertence a um novo género, dentro dos chamados 'microteides', que agrupa pequenos lagartos neotropicais , dos que cada vez mais se descobrem novas especiais, graças à incorporação de evidências moleculares na hora de classificar os espécimes taxonomicamente (por nomenclatura)"

"Graças às suas características morfológicas únicas e aos estudos genéticos (...) foi possível determinar que o réptil pertence a uma nova espécie. O seu comprimento é de quase 8,5 centímetros (o corpo mede 5 cm e a cauda cerca de 3,5 cm), é castanho avermelhado, com algumas manchas pouco definidas, irregulares, castanho claro e escuro. Possui escamas tuberculadas e principalmente grandes espinhas no pescoço, na parte superior do corpo e da cauda, ?e com olhos avermelhados", explica.

Segundo um artigo publicado no portal Zootaxa (jornal para taxonomistas zoológicos do mundo), os pesquisadores, com base em algumas características morfológicas, presumem que o "lagarto encouraçado" seja uma espécie "semiaquática que vive na nas florestas adjacentes aos riachos cor de chá típicos do maciço de Cuao-Sipapo, no estado venezuelano de Amazonas".

"Seguindo os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os pesquisadores sugerem que a nova espécie é da categoria de Dados Insuficientes, o que indica que se desconhecem as informações sobre a sua população total e possíveis ameaças que ela possa apresentar", afirma.

A equipa de investigadores era formada pelos venezuelanos Celsa Señaris, fundadora e investigadora associada de Provita e Fernando J.M. Rojas-Runjaic da Fundação La Salle de Ciências Naturais (Caracas).

Também os espanhóis César L. Barrio-Amorós, da Doc Frog Expeditions/CRWild  de Costa Rica, e Ignácio de la Riva, do Museu Nacional de Ciências Naturais de Espanha,  e Santiago Castroviejo-Fisher, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil) e do American Museum of Natural History (Estados Unidos).

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