"Recebemos informação que a iniciativa Covax nos vai enviar cerca de 28.000 da vacina amanhã [terça-feira] num voo que chega à noite e estaremos no aeroporto para receber essas doses", disse Magda Robalo, durante a conferência de imprensa para fazer o balanço semanal da evolução da covid-19 no país.
"É uma quantidade inferior daquela que estávamos à espera, mas já é uma quantidade que nos permite continuar a vacinação, depois deste processo de avaliação rápida desta primeira experiência que tivemos", acrescentou.
A Guiné-Bissau deveria receber 120.000 doses da vacina Astrazeneca no âmbito do Covax, mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a covid-19, co-gerido pela Organização Mundial de Saúde.
Segundo a alta comissária, a iniciativa Covax enviou há cerca de duas semanas uma carta aos países beneficiários a informar sobre a suspensão da distribuição de vacinas porque a Índia, maior produtor de vacinas da Astrazeneca, estava a braços com um aumento de casos e tinha suspendido a exportação de vacinas.
Contudo, na sexta-feira, o país foi informado de que alguns milhares de doses chegariam esta semana.
A Guiné-Bissau iniciou a vacinação contra a covid-19 a 02 de abril, e a campanha oficial de lançamento decorreu no sábado com a vacinação do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, na sequência da chegada ao país de 12.000 doses de vacina da Astrazeneca, no âmbito de uma parceria entre a União Africana e uma empresa de telecomunicações sul-africana.
Magda Robalo explicou que a vacinação terminou na sexta-feira, porque as 12.000 doses foram quase todas consumidas.
"O prazo [de validade da vacina] expirava dia 13, mas dia 09 conseguimos esgotar as doses da vacina disponibilizadas. Sabemos que as vacinas foram todas consumidas e a taxa de sucesso foi muito grande", salientou.
A ex-ministra da Saúde afirmou que a "população esteve motivada" e "reagiu bem", tendo sido vacinadas quase 12.000 pessoas.
Questionada pela Lusa sobre a vacinação de cidadãos estrangeiros residentes em Bissau, Magda Robalo disse que não estão excluídos do plano de vacinação e que devem apresentar-se e estar atentos ao plano de vacinação, principalmente se pertencerem a algum grupo de risco.
A Guiné-Bissau regista desde o início da pandemia um total de 3.680 casos e 66 vítimas mortais.
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