Este país asiático vive uma segunda vaga de covid-19 e contabiliza 14,7 milhões de infeções desde o início da pandemia, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde.
A Índia é o segundo país mais afetado pelo vírus, em termos absolutos, atrás dos estados Unidos da América (com 32 milhões), tendo superado esta semana, pela primeira vez, a barreira dos 200.000 contágios e continua a registar um vertiginoso aumento de casos sem que a curva dê sinais de diminuição.
A Índia também registou um novo recorde de 1.501 mortes em 24 horas, elevando o número total de óbitos para 177.150.
O estado mais afetado pela pandemia continua a ser Maharashtra, que somou 67.123 novos casos, embora o vírus se propague de forma desigual no país e dez das 36 regiões acumulem 78,5% das infeções diárias.
Com os números sem darem sinais de abrandamento, várias dessas regiões mostram preocupação com a pressão sobre o setor da saúde.
O chefe do Governo de Nova Deli, Arvind Kejriwal, alertou hoje para a falta de camas nas unidades de cuidados intensivos na capital que, nas últimas 24 horas, registou cerca de 25.000 novas infeções.
"A taxa de positividade aumentou de 24% para 30% nas últimas 24 horas, há menos 100 camas nos cuidados intensivos e há uma escassez de oxigénio", afirmou hoje Arvind Kejriwal numa mensagem na televisão.
O chefe do Governo afirmou que a capital se encontra numa situação de "extrema necessidade", após uma conversa este sábado com o ministro da Saúde, Harsh Vardhan, e hoje com o ministro do Interior, Amit Shah.
Na página oficial, o Governo de Deli indica que das 4.123 camas reservadas para os casos mais graves de covid-19, que precisem de assistência respiratória, apenas 95 estão livres.
A capital espera, nos próximos dias, somar 6.000 novas camas equipadas com oxigénio de alto fluxo, disse Arvind Kejriwal que impôs confinamento durante o fim de semana e novas restrições até ao final do mês para controlar a propagação do vírus.
O estado de Maharashtra, que também introduziu recentemente medidas de confinamento obrigatório como o encerramento de restaurantes e comércio não essencial, também alertou o primeiro-ministro, Narendra Modi, da escassez de oxigénio na região.
O ministro da Saúde, Harsh Vardhan, escreveu hoje na rede social Twitter que o Governo está a trabalhar para assegurar a disponibilidade de oxigénio e o fornecimento contínuo de vacinas, depois de vários estados criticarem a falta destes fármacos.
A Índia administrou mais de 120 milhões de doses desde que a campanha de vacinação começou, há 92 dias, 2,6 milhões no último dia.
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