A próxima ronda de avaliação à vacina russa contra a Covid-19 será iniciada a 10 de maio pelo painel de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) em conjunto com a Agência Europeia do Medicamento (EMA), segundo indicou esta quinta-feira a OMS, citada pela Reuters.
Os reguladores de Saúde haviam iniciado os testes à Sputnik V em março.
A agência noticiosa adianta que a Rússia ambiciona a aprovação para uso emergencial da vacina Gam-COVID-Vac (Sputnik V), à semelhança do que aconteceu com os fármacos contra a Covid-19 da Pfizer, AstraZeneca e Johnson & Johnson.
A aprovação da OMS e da EMA, que reforça a segurança e eficiência das vacinas, é o primeiro passo para a regularização dos imunizantes nos vários países.
Segundo o instituto Gamaleïa, que criou a vacina Sputnik V, mais de 3,8 milhões de pessoas já receberam as duas doses da vacina na Rússia, que tem 146 milhões de habitantes.
Sublinhe-se que a Alemanha anunciou hoje que está a negociar a compra de 30 milhões de doses da vacina russa. "A Alemanha está a negociar a compra de três remessas de 10 milhões de doses em junho, julho e agosto", afirmou o primeiro-ministro do estado federado da Saxónia, Michael Kretschmer, na sua conta do Twitter, depois de uma reunião com o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko.
Gespräch mit Gesundheitsminister Michail Muraschko über #SputnikV. Wir werben sehr für ein zügiges Zulassungsverfahren bis Mai. Deutschland verhandelt über 3x10 Mio Dosen für Juni, Juli, August. Voraussetzung dafür ist die zügige EMA Zulassung des Impfstoffs.@MINZDRAV_RF pic.twitter.com/zUp0VhGZ3k
— Michael Kretschmer (@MPKretschmer) April 22, 2021
A Rússia registou 8.000 e 9.000 novos casos de contaminação por dia no mês de abril, e Moscovo, a cidade mais afetada, registou cerca de 2.000 novos casos diários nos últimos dias.
Os números da mortalidade divergem segundo a fonte: o Governo reconheceu na quarta-feira 106.706 mortes, enquanto a agência de estatísticas Rosstat registou pelo menos 224.000 até ao final de fevereiro, o que coloca a Rússia entre os países mais afetados pela pandemia no mundo.
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