Um dos países europeus na vanguarda em matéria de vacinação da população, com 1,3 milhões de pessoas totalmente imunizadas com duas doses em sete milhões de habitantes, a Sérvia quer relançar a campanha de vacinação, numa altura em que o interesse público diminui.
"Todos aqueles que já receberam uma ou duas doses e todos aqueles que vão ser vacinados com pelo menos uma dose até 31 de maio vão receber 3.000 dinares (25 euros)", afirmou Vucic, numa intervenção na televisão local.
O Presidente disse ainda esperar que quase três milhões de pessoas sejam vacinadas até ao final de maio, com pelo menos uma dose da vacina.
O país dos Balcãs comprou milhões de doses de vacinas, tanto de laboratórios ocidentais como dos concorrentes chineses e russos.
No final de março, as autoridades chegaram a convidar cidadãos de países da região balcânica para irem à Sérvia ser vacinados.
As autoridades querem que esta nova iniciativa "recompense as pessoas que demonstraram responsabilidade", segundo Vucic.
Além disso, o Presidente anunciou que os funcionários do setor público que não foram vacinados não vão poder receber indemnização por baixa médica se a mesma for devido à covid-19.
"Ainda não vi na literatura médica alguém ser pago para ser vacinado contra a covid-19. Poderíamos, portanto, ser não só os primeiros da Europa, mas também do mundo", afirmou o epidemiologista sérvio Zoran Radovanovic, em declarações à agência France-Presse.
Noutros países, algumas empresas oferecem regalias aos funcionários por aceitarem ser vacinados contra a covid-19.
No entanto, Radovanovic acredita que usar dinheiro como incentivo para a vacinação pode ser uma faca de dois gumes.
"Isso vai forçar certas pessoas que vivem em pobreza extrema a vacinarem-se, mas vai causar resistência noutras. A lógica é a seguinte: se o Estado me paga para fazer algo e me diz que é para o meu bem, então há algo duvidoso", alertou o especialista.
A Sérvia já contabilizou mais de 694.000 casos de covid-19 e 6.456 mortes devido ao vírus.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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