"Acompanho com grande preocupação o que está a acontecer na Terra Santa. Os violentos conflitos armados na Faixa de Gaza e em Israel correm o risco de causar uma espiral de morte e destruição. Muitas pessoas foram feridas e muitos inocentes, morreram. Há crianças entre eles. Isso é terrível e inaceitável", disse o Papa quando se dirigia aos presentes na Praça de São Pedro para fazer a tradicional bênção dominical.
Depois da oração do Angelus, Francisco apelou aos responsáveis pelo conflito israelo-palestiniano, considerando que esta situação "é sinal de que não se procuram em construir o futuro, mas sim em destruí-lo".
Francisco pediu o regresso "ao caminho do diálogo" também com a ajuda da comunidade internacional, para que seja construída "paz e justiça".
"Em nome de Deus, que criou todos os seres humanos iguais em direitos, deveres e dignidade e os chamou a viver juntos como irmãos, peço calma àqueles que têm a responsabilidade de parar a violência das armas e iniciar o caminho da paz ", disse.
Os últimos dados das autoridades palestinianas de Saúde apontam para a existência de 174 vítimas mortais na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeamentos pelo exército israelita.
Do lado israelita, o último balanço aponta para 10 mortos causados pelos ataques lançados pelo Hamas e por outros grupos militantes.
O reacender do conflito começou em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
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