"Ouvimos a proposta feita pelo nosso colega francês no Conselho e, para a China, certamente, apoiamos todos os esforços para facilitar o fim da crise e o regresso à paz no Médio Oriente", disse aos jornalistas Zhang Jun, embaixador da China na ONU e presidente em exercício do Conselho durante este mês de maio.
A presidência francesa anunciou, entretanto, que a proposta saiu após uma reunião entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e o Rei Abdullah II da Jordânia, este último por videoconferência.
"Os três países concordaram em três elementos simples: os disparos devem cessar, chegou o momento de um cessar-fogo e o Conselho de Segurança da ONU deve ocupar-se do assunto", referiu o Eliseu, acrescentando que a resolução foi apresentada pela França, em coordenação com os seus parceiros.
O embaixador chinês na ONU disse que o texto de uma declaração proposta pelo seu país, Noruega e Tunísia, que tinha sido rejeitada pelos Estados Unidos durante mais de uma semana, permaneceu sobre a mesa do Conselho de Segurança.
A Casa Branca insistiu hoje na necessidade de deixar a diplomacia trabalhar "silenciosamente" e "intensivamente" para alcançar o "fim da violência", no meio da escalada entre Israel e os palestinianos em Gaza, que se prolonga há mais de uma semana.
Isto apesar de, na segunda-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, se ter posicionado publicamente pela primeira vez a favor de um cessar-fogo, após ter recebido pressões dos seus correligionários democratas e de outros países para desempenhar um papel mais ativo na crise do Médio Oriente.
Segundo a ONU, mais de 58.000 pessoas foram deslocadas pela violência em Gaza e cerca de 47.000 delas refugiaram-se em escolas da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA).
Os combates entre Israel e os palestinianos na Faixa de Gaza, que já causaram mais de 200 mortos, começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
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