"Na noite de terça-feira, 18 de maio de 2021, indivíduos armados não identificados invadiram a aldeia agrícola de Adjarara, a cerca de sete quilómetros, e Tin-Akoff, na província de Oudalan, e atacaram cidadãos reunidos para um batismo", afirmou o governador da região do Sahel, Salfo Kaboré, num comunicado.
O governador, citado pela agência noticiosa Efe, acrescentou que o balanço de vítimas deste ataque foi "de 15 mortos e um ferido, todos do sexo masculino".
Na região do Este, a mesma onde dois jornalistas espanhóis e um conservacionista irlandês foram assassinados no final de abril, duas pessoas morreram e uma ficou ferida depois de um veículo do Exército do Burkina Faso ter pisado um engenho explosivo improvisado plantado por grupos armados a operar na área, segundo informações de fontes militares apresentadas à Efe.
O incidente ocorreu na estrada que liga Matiakoali e Kantchari, na zona de Tialboanga, na província de Gourma.
Os ataques não foram ainda reivindicados.
O Burkina Faso é alvo do flagelo do 'jihadismo' desde abril de 2015, quando membros de um grupo filiado na Al-Qaida raptaram um segurança romeno -- que continua desaparecido -- numa mina de manganês em Tambao, no norte do país.
A região mais afetada pela insegurança é a do Sahel, que partilha a fronteira com Mali e Níger, embora a violência se tenha estendido às vizinhas do Centro-Norte e a do Este.
Os atos terroristas são regularmente atribuídos ao grupo local Ansarul Islam, à coligação 'jihadista' do Sahel Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e ao grupo Estado Islâmico no Grande Saara, que atacam também nos vizinhos Mali e Níger.
O país conta com mais de um milhão de deslocados, sendo uma das crises de deslocados de crescimento mais rápido no mundo.
Leia Também: Exército do Burkina Faso afirma ter matado pelo menos 20 'jihadistas'