Pelo menos 17 mortos em dois ataques no Burkina Faso

Pelo menos 17 pessoas morreram em dois ataques perpetrados por homens armados no Burkina Faso entre terça-feira e hoje, de acordo com as autoridades.

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Lusa
19/05/2021 17:25 ‧ 19/05/2021 por Lusa

Mundo

Burkina Faso

 

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"Na noite de terça-feira, 18 de maio de 2021, indivíduos armados não identificados invadiram a aldeia agrícola de Adjarara, a cerca de sete quilómetros, e Tin-Akoff, na província de Oudalan, e atacaram cidadãos reunidos para um batismo", afirmou o governador da região do Sahel, Salfo Kaboré, num comunicado.

O governador, citado pela agência noticiosa Efe, acrescentou que o balanço de vítimas deste ataque foi "de 15 mortos e um ferido, todos do sexo masculino".

Na região do Este, a mesma onde dois jornalistas espanhóis e um conservacionista irlandês foram assassinados no final de abril, duas pessoas morreram e uma ficou ferida depois de um veículo do Exército do Burkina Faso ter pisado um engenho explosivo improvisado plantado por grupos armados a operar na área, segundo informações de fontes militares apresentadas à Efe.

O incidente ocorreu na estrada que liga Matiakoali e Kantchari, na zona de Tialboanga, na província de Gourma.

Os ataques não foram ainda reivindicados.

O Burkina Faso é alvo do flagelo do 'jihadismo' desde abril de 2015, quando membros de um grupo filiado na Al-Qaida raptaram um segurança romeno -- que continua desaparecido -- numa mina de manganês em Tambao, no norte do país.

A região mais afetada pela insegurança é a do Sahel, que partilha a fronteira com Mali e Níger, embora a violência se tenha estendido às vizinhas do Centro-Norte e a do Este.

Os atos terroristas são regularmente atribuídos ao grupo local Ansarul Islam, à coligação 'jihadista' do Sahel Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e ao grupo Estado Islâmico no Grande Saara, que atacam também nos vizinhos Mali e Níger.

O país conta com mais de um milhão de deslocados, sendo uma das crises de deslocados de crescimento mais rápido no mundo.

Leia Também: Exército do Burkina Faso afirma ter matado pelo menos 20 'jihadistas'

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