"A 'situação' nos setores das regiões de Siunik e Guerakinik, por onde entraram as Forças Armadas do Azerbaijão, não mudou. É tensa. Os militares do Azerbaijão que se encontram em território arménio são entre 500 e 600", disse Pashinian numa reunião com o Governo, citado pelo jornal digital News.am e Erevan.
O primeiro-ministro acrescentou que as Forças Armadas da Arménia tentam, através de "ações táticas, limitar o potencial da ação do Azerbaijão" no país.
"No plano político as nossas ações são as seguintes: impedir que a 'situação' saía do controlo, fazer o máximo para evitar um confronto armado e conseguir que as Forças Armadas do Azerbaijão abandonem o território da Arménia", sublinhou.
A Arménia pediu esta semana consultas no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que integra Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e o Tajiquistão, e pediu ajuda militar a Moscovo, com quem mantém um acordo de apoio mútuo.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, ofereceu ajuda para a demarcação de delimitação da fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, processo em que a Rússia pode participar como mediador.
A proposta de Lavrov, apresentada em Duchambe, numa reunião ministerial da Organização do Tratado de Segurança Coletiva não mencionou a presença de militares de Baku em território arménio e foi recusada no mesmo dia por Pashinian.
"A nossa postura é clara. As Forças Armadas do Azerbaijão devem abandonar o território arménio. Quero sublinhar que falar-se de demarcação ou delimitação está fora do contexto", disse Pashinian.
O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, qualificou como "inadequada" a reação das autoridades da Arménia sobre a "situação" e acusou o Governo de Erevan de "estar a tentar internacionalizar" as tensões fronteiriças.
Segundo Aliev, seis meses depois do fim da última guerra no Nagorno-Karabakh a "situação" na região, incluindo na zona de fronteira, é estável, pelo que defende que os litígios devem ser resolvidos de forma negocial.
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